quarta-feira, 2 de outubro de 2013

PALÊNCIA DAS GÁRGULAS

Ficámos numa ilha.
Mas nem por isso, longe do centro da cidade.
Palência é um burgo pequeno com uma avenida principal que divide a parte antiga da parte moderna.
Na parte antiga é outra avenida, mais pequena, muito simpática que, a partir de certo ponto, está reservada a peões.
É quase um quilómetro de passeio pedestre entre edifícios dos séculos XIX e XX, com as típicas varandas fechadas com vidraças de cima-abaixo, à imagem das varandas galegas.
Uma das pontes de aceso à ilha
Optámos pelo hotel Rey Sancho.
Trata-se de um quatro estrelas com alguns anos, porém em excelente estado.
Dispõe de quartos excelentes e uma piscina com espaços adjacentes muito agradáveis.
Está a cerca de 100 metros da avenida principal.
Tem estacionamento à porta.
Quando chegámos à catedral, a lua do final do dia iluminava-lhe os telhados..
Especialmente as dezenas de cegonhas que o coroavam como gárgulas vivas em poses majestáticas.
A catedral tem uma aspecto rude, já de um gótico tardio mas que ainda vem muito do românico visigótico.
Aliás, na cripta, ainda há vestígios dos tempos dos “bárbaros”.
A plaza Mayor é imprescindível, como em qualquer povoação espanhola que se preze.
Jantar por ali um cordero lechal (ou lechazo) impõe-se. Não foi barato.
Mas o sítio, apesar de não ser vasto é simpático.
Em redor, há galerias colunadas e a habitual animação da nossa hora de jantar.
Quando os espanhóis vão beber uma canha, trincar uns pepinitos, "picar" para criar apetite...
Catedral de Palência
Nota-se que não há tanta gente na rua como em outras cidades.
Palência parece conjugar harmoniosamente o ambiente urbano com o ambiente rural.
Exceptuando uma pequena área industrial, é a zona rural que domina os arredores.
A harmonia estética da plaza Mayor e da avenida principal contrata com algumas fachadas nas ruas secundárias.
Numa delas, de acesso à catedral, descobre-se que algumas opções não foram as melhores.
Porém, o (mau) contraste depressa se desvanece à chegada à Catedral.
O ambiente leva para um tempo remoto e a harmonia de cores e texturas sossega o estouro de cores de uma ou outra fachada de prédios.
No conjunto, Palência mostra-se agradável para passar uma tarde e ser etapa última de um périplo, a meio dia de distância de casa.
Sendo uma cidade de pequena dimensão, encontra-se tudo com facilidade.
E tudo fica perto.
E combustível? Foi numa Campsa de auto-estrada, na AP-8 espanhola que o gasóleo foi mais barato: 1,358€/l. Já à entrada de Barcelona, em Molins de Rei, os 1,424€/l estiveram muito próximos do abastecimento mais caro - 1,474€/l -, em Battenheim, próximo de Estrasburgo, França.


Música: Avatar, James Horner
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