sábado, 20 de março de 2021

Museu Britânico. Galerias

É velhito: já lá vão 268 anos desde a inauguração, em finais do século XVIII! O destaque vai a Pedra de Roseta e para os frisos do Partenon de Atenas. É verdade, são exemplares únicos. Porém, o Museu Britânico encerra um conjunto de documentos e objectos que guardam muitas épocas marcantes de história e de cultura humana. É como olhar o mundo todo, não o de hoje, mas o de várias Idades anteriores, algumas sobrepostas, outras tão longínquas quanto cativantes, relevantes ou intrigantes.


Apesar de clássico, o Museu Britânico foi o primeiro grande museu público com acesso gratuito, secular e nacional em todo o mundo. Apesar de ter sido inicialmente “pouco mais do que um enorme amontoado de objetos sem nenhuma classificação ordenada”, já encerrava um importante acervo de “antiguidades clássicas e medievais, moedas, manuscritos, livros, quadros e gravuras”.

Diz-se que o desenvolvimento do museu e a criação de uma identidade de caráter nacional se deu por uma questão de concorrência e rivalidade com o Museu do Louvre parisiense e, talvez de forma derradeira, de uma questão política, após a derrota de Napoleão, obtida com a “capitulação do exército francês no Egito, em 1802”. Todavia, e dada a quantidade de peças recolhidas, foi necessário distribuir muito do acervo nacional, natural e o etnográfico por museus dedicados.


POR ALI FORA



Em frente da fachada, dir-se-ia estarmos perante um edifício da antiguidade grega. No átrio interior, o espaço abre acesso à biblioteca (não acessível, nesta altura) e às galerias de exposição. É aqui que começa o mundo, da estatuária grega, das ilhas do Pacífico, das louças chinesas, das divindades indianas, das casas tradicionais japonesas, dos budas coreanos, das múmias egípcias, da escrita babilónica, dos azulejos árabes, das peças saxónicas. Um mundo!

Tal como muitos do museus que detêm um acervo de grande quantidade – e, este, possui cerca de 7 milhões de objectos – a maioria destes está confinada ao arquivo. Apesar da mostra estar compartimentada, aquilo a que já chamei organizado por “caixinhas”, não deixa de ser uma configuração pedagógica, já que organiza a exibição por áreas geográficas, por relevância histórica e estética.

Mesmo num périplo ao sabor da escolha ou da proximidade de nova galeria, não é difícil fixar os olhos num ou noutro objecto, varrer com o olhar toda uma galeria, ler uma inscrição ou uma legenda, rodear demoradamente uma peça, sentarmo-nos para deleitar o pensamento com (mais) um objecto histórico, etnográfico ou estético. Foi o que fizemos naquela manhã, no Museu Britânico,


DAS ILHAS



Os ingleses também por lá passaram. Em algumas, nas maiores, até muitos ficaram definitivamente. A etnologia das comunidades das ilhas, sobretudo das do Pacífico, por onde os navegadores ingleses andaram, nunca deixam de surpreender os forasteiros. Foi por ali que começamos o périplo mundial, pelas comunidades das longínquas Ilhas do Pacífico, nos antípodas de Portugal.

A ênfase vai para os padrões estéticos ligados à natureza, quer no vestuário, quer na arquitectura, quer nos simples objectos decorativos. Aqui, os objectos artísticos de materiais naturais têm uma alma própria, contemplando ainda o poder e o prestígio do respectivo criador. A obra personifica-se com a extensão do artista.

Na área central da galeria, um Moai representa o povo Rapanui, que construiu quase 900 destas estátuas gigantescas, erguidas como homenagem aos seus líderes já falecidos. Estão espalhadas pela ilha, cada uma pesa mais de uma tonelada, sendo que algumas pesam 20 e a maior tem quase 20 metros de altura.


DA ÁSIA


Os jades, as fianças e a estatuária, com os deuses sempre presentes, incluindo muitos Budas. O touro Nandi, por exemplo, presente à entrada de todos os templos dedicados ao deus Shiva, é considerado como seu sentinela, “simboliza a força, a virilidade e a fertilidade, bem como os deveres morais e religiosos”.

Na maior galeria dedicada à Ásia, há muitos elementos budistas. Budas, muitos Budas, alguns Bodisatva – aspirantes para alcançar o mesmo estatuto de Buda – alguns Lokapala – protectores das quatro direcções do universo. Realce também para o vestuário de soldados e a para as incontornáveis porcelanas chinesas.

O jade neolítico, por muitos considerado mais valioso do que o ouro é uma preciosidades em exposição. Data de cerca de 6 mil anos a.C. a exploração desta pedra ornamental dura e compacta, que varia de cor, entre branco e verde-escuro. O exemplar em mostra, como a maior parte das peças preciosas, simboliza poder e estatuto social, sendo utilizado inclusivamente em túmulos de  personalidades importantes.

O edifício hindu está representado pelos deuses. Hanuman, o deus-macaco é uma personagem proeminente na saga Ramayana – que conta a epopeia do príncipe Rama. No  documento épico, Hanuman é uma encarnação do deus Shiva que irá auxiliar o príncipe a derrotar o rei-demónio Laka.

Mais à frente, é uma representação de Harihara, uma combinação de Vishnu, conhecido como "Preservador", e de Shiva, chamado "Destruidor", ambos fazendo parte da trindade de divindades do hinduísmo, aqui representados como “diferentes aspectos da mesma Realidade Suprema chamada Brahman”..


ROMA E ANTIGO EGIPTO

Por mais clássica que seja a Antiguidade e que as peças em exposição sejam semelhantes a uma ou outra que já tenhamos visto em outros museus, há sempre algo de novo – o que não deixa de ser paradoxal face à Antiguidade – há sempre algo que surpreende pela raridade, pela dimensão, pela história associada.

Porém, o mais espantoso não estava ali. A tal dimensão, a tal monumentalidade, não está nas galerias. É preciso entrar nos salões de exposição. Aí, a imaginação torna-se realidade. As peças transportam-nos para aquele tempo, para aquela dimensão, um tempo em que, naquele momento, pensamos lá estar. 

É esse o caso da galeria Egípcia. Há dezenas de sarcófagos, miniaturas de barcos do Nilo, arcas funerárias, animais mumificados, estelas decorativas, múmias, escrita hieroglífica, ofertas aos mortos, painéis ilustrativos com episódios históricos, estátuas de deuses, As cores sobressaem, espanta a qualidade e o estado de conservação.


Os painéis decorativos e representativos de cenas históricas ou do quotidiano repetem-se. Um deles, encontrado numa extensa parede de um túmulo, revela uma espécie de banquete em honra do casamento de Nebamun, com criadas nuas, pares de convidados sentados em cadeiras de luxo, num cenário erótico e de relaxe, que devia acompanhar este privilegiado "escriba e contador de grãos oficial" na sua eternidade.


Próximo, estão exemplares de escrita meroítica – originária do reino de Meroé, trata-se de um alfabeto usado no Sudão entre os séculos VII e III a.C., para escrever a língua antiga núbia – e de escrita cuneiforme - um dos mais antigos tipos de escrita conhecidos, a par com os hieróglifos egípcios -, criada pelos antigos sumérios.


Um dos tesouros aqui guardados é a Biblioteca de Assurbanípal, originário da século VII a.C., também conhecida por Biblioteca de Nínive, composta por milhares de placas de argila, com textos em escrita cuneiforme, que inclui a Epopeia de Gilgamés, um conjunto de lendas e poemas sobre o mitológico deus.

Entramos no mundo mesopotâmico com a Rainha da Noite, 1800-1750 a.C, uma antiga deusa ligada aos cultos de fertilidade e fecundidade (possivelmente Istar), passamos pelo vestuário nobre feminino encontrado sob escombros, por um guerreiro assírio, e voltamos à divindade “saindo” pelo Portão de Istar guardado pelo Leão da deusa.

Roma também está bem representada, com o túmulo monumental de Gaius Julius Alpinus Classicianus, membro da aristocracia e procurador financeiro da Roma Britânica, nomeado em 61 d.C., personagem importante na política local. O túmulo, tal como outros, incluem a menção “dis manibus”, ou seja, “dedicado aos deuses manes”.

Avançamos pela Baixa Idade Média ao longo de uma galeria de elmos, entre os quais se destaca uma réplica do anglo-saxão Sutton Ho, encontrado num cemitério século VII, que junta elementos estáticos germânicos, escandinavos e ainda romanos. Tem sido considerado como um dos mais importantes artefactos anglo-saxão conhecido.

A visita começa a parecer enciclopédica. Terminámos o périplo pelas galerias e, o que fica, é muito menos do que o que gravámos e do que o que vimos. É impossível levar tudo o que queremos, pegar em tudo o que vimos, um cansaço mostrar tudo isso. Por tal, deixámos o acervo monumental para outra abordagem.



segunda-feira, 15 de março de 2021

Córdoba 2019


Trepámos a rampa do estacionamento do hotel em Sevilha e deixámos o Dom Paco às primeiras horas da manhã. 

É daquelas garagens cujo acesso é feito através de uma rampa íngreme que obriga, à saída, alguém lá fora a avisar se há pessoas a passar.


A saída de Sevilha não foi complicada. 

Resume-se a encontrar a avenida de Kansas City. 

A partir daí é sempre a direito. 

O sol já despontava, quentinho, como é seu apanágio quando se estende pela Andaluzia. 

Destino: Córdoba!


UM CAFÉ EM CARMONA


Até Córdoba não é mais de hora e meia. 

Porém, temos uma paragem programada a cerca de trinta quilómetros, onde fica Carmona. 

São cerca de vinte minutos até ao Parador, no Alcazar del Rey Dom Pedro. 

É lá que vamos beber um café no bar.



Está calor, como é habitual. 

O acesso através da entrada norte não é muito fácil e obriga a trepar por ruas estreitas. 

Estacionamos na praça de armas, sobre um piso de paralelepípedos cujo peso dos anos já tornou tão irregular como uma picada. 

Mas até há lugares exclusivamente dedicados às motos.

Entrámos através de um pátio amplo cercado por salões. 

O bar fica numa das extremidades do edifício, antiga fortaleza árabe do século XIV, que ocupa a parte mais alta da cidade.

Oferece um horizonte espectacular desde a longa varanda virada para a paisagem campestre.


PELO CENTRO DE CÓRDOBA


Depois de uma hora de caminho pela A4 espanhola, uma via rápida gratuita que liga Sevilha a Córdoba, foi difícil dar com o NH Cordoba Califa. 

Embora fique perto dos Jardines de la Victoria, a entrada faz-se por uma rua secundária que os GPS não identificam facilmente.


Dali ao centro é pertinho, não chega a uma dezena de minutos, a pé, até à famosa Mesquita. 

Aliás, é a pé que se descobre o centro histórico de Córdoba.

 Lá iríamos, passados trinta e seis anos desde a última visita, também de moto, num Verão com temperaturas elevadas.


Um quilómetro quadrado. 

Aqui tudo fica perto. 

Dentro de um quilómetro quadrado é possível visitar a Sinagoga, o Museu Taurino e a Mesquita, entrar no Patio de los Naranjos (jardim da mesquita), no Alcazar, passar pelo Arco do Triunfo e atravessar a ponte romana.


A cor dos objectos contrasta com a brancura das fachadas. 

As milhentas lojas do centro histórico dão um cunho alegre e luminoso ao ambiente, sejam elas quais forem e vendam o que venderem. 

Chás, recordações, decoração, restauração, a maioria das lojas evidencia cor e diversidade.






A ligar todos estes locais, um emaranhado de ruas cobre o centro histórico como se fosse uma medina. 
Curtas e estreitas, as ruas do “casco historico” proporcionam uma sombra sempre bem-vinda nos habituais intensos Verões andaluzes. 
Os pátios dão uma ajuda na criação da frescura  suficiente para uma refeição descansada.

MESQUITA


E chegamos à Mesquita. 

Desta vez, havíamos comprado os bilhetes de manhã, uma vez que há uma década quisemos visitá-la e era necessário comprar as entradas com três dias de antecedência. 

Desta vez, nem sequer havia fila para comprar nem para entrar.

Almoçámos tranquilamente e entrámos na mesquita à hora da digestão. 

Já esteve ali uma igreja visigoda, antes do emir omíada de Córdoba ter mandado construir a mesquita. 

Para além de espaço de culto visigodo, o edifício mostra ainda hoje sobretudo a presença de cristãos e muçulmanos.

A dominar o Pátio das Laranjeiras – diz-se que foram plantadas só a partir do século XVIII – além das três fontes destinadas às abluções, (lavagem ritual antes da oração muçulmana), está o antigo minarete, hoje Torre do Campanário, coberta de elementos barrocos.

Entrando, o contraste arquitectónico está em linha com a diferença religiosa. 

As 1300 colunas de mármore de várias épocas e os 365 arcos de ferradura são um ex-libris arquitectónico da mesquita. 

Além dessas notoriedades, trata-se da única mesquita do mundo que possui uma catedral no interior.

O salão de oração, ornamentada por todas aquelas colunas e arcos, mas sobretudo a decoração bicolor dos arcos, é a parte mais atractiva do espaço interior. 

A luz que entra neste espaço é também especial, conseguindo iluminar, sem ofuscar, o esplendor da colunata.

A catedral cristã é do segundo quartel do século XIII. 

Posteriormente, foi sendo modificada com a construção de pequenas capelas e abóbadas, sendo uma dedicada a Santo António que, aqui, também é referido como de Pádua. 

Mais tarde, construiu-se a Capela Real para acolher os restos mortais dos reis cristãos.

A dimensão da catedral é notória, mas há que destacar o altar de mármore vermelho, o órgão de parede, e o coro barroco cujo conjunto de cadeiras em madeira quase negra contrasta com os restantes elementos decorativos vizinhos.

Talvez seja mesmo a mistura de estilos, omíada, gótico, plateresco (renascentista espanhol) e barroco, que tornam este espaço além de único, suficientemente atractivo para ser um dos locais mais visitados de Espanha e o mais famoso de Córdoba.

Apesar do exterior parecer estar sempre em obras – estarão sempre em processo de recuperação - no interior a profusão de lápides fundacionais e funerárias, altares, pedras tumulares, túmulos, aras, painéis, quadros, frisos, pequenas esculturas, compensa a aridez do espaço de colunata.

Tal como na maioria dos templos, a tranquilidade, a dimensão, os elementos decorativos e, até, a temperatura amena que se faz sentir no interior, tornam a Mesquita de Córdoba num lugar de imprescindível visita. Mesmo que seja no espaço-tempo de uma geração.


OUTROS LUGARES


Com a tarde a trepar, avançámos também para um pequeno périplo pela periferia do centro histórico. 

Por isso, deambulámos pelas ruelas exclusivas para pedestres, pejadas de todo o tipo de lojas, mas sobretudo daquelas destinadas a turistas.

Numa delas, quase se diria que os espanhóis não precisam de Fátima... a sacralização da família pode fazer-se simplesmente através do futebol e da regionalidade. 

Talvez seja a tal diversidade religiosa patente na mesquita um suporte interessante para este tipo de representação...


PLAZA MAYOR


Nunca tinha ido à Plaza Mayor de Córdoba. Não tão propagandeada como a sua congénere madrilena, mais recente e funcional, não foge dos traços de repetição por superfície típicos das fachadas da maioria destas praças. É a única praça quadrangular da Andaluz.

A Plaza de la Corredora, nome que lhe vem da actividade taurina, com corridas de touros que terminaram em meados do século XIX. 

Hoje, os únicos edifícios históricos da Plaza de la Corredora são a antiga Câmara Municipal e prisão, bem como as chamadas “Casas de Doña María Jacinto”, construídas no século XVI .

Em redor da praça, ao longo das galerias, estão sediadas empresas, lojas, cafés e restaurantes. Próximo destes últimos, há esplanadas extensas, mas que parecem não atrair muitos turistas, pelo menos em dias quentes de Verão como o de hoje. Deixamos a praça pelo Arco Alto e vamos a caminho do  


MUSEU ARQUEOLÓGICO


Metemo-nos pela Judiaria e acabamos a tarde, por acaso, no Palácio dos Paez Castillejo, um edifício do século XVI em restauro. 

No pátio, descobrimos algumas peças arqueológicas que pertencem ao Museu Arqueológico de Córdoba.

Com o interior já fechado, ficámos pelo pátio onde, porém, o acervo já mostra muitos vestígios romanos, visigodos, mudejares e islâmicos. 

Também fechado, já estava o edifício contíguo, onde é possível observar as ruínas das arquibancadas e cenário parcial do teatro romano de Córdoba.




Por tal, ficámos pelo pátio e fomos andando ao saber do alinhamento dos diversos estilos de capitéis. 

Mais à frente, conjuntos de mosaicos romanos, um arco mudejar em gesso e um grupo de colunas que circundam um pequeno lago.

FLAMENCO

Não era a primeira vez que assistíamos ao vivo a um espectáculo de flamenco. 

Há 36 anos, aconteceu o mesmo ao jantar, de surpresa, numa espécie de flamenco vadio com dançarinos e cantores que andam de sítio em sítio. 

Desta vez, reservamos mesa para tal.

Reunimos duas tipicidades e aliámos uma refeição cordobesa ao espectáculo de flamenco. Tal como o nosso fandango, os dançarinos não precisam de muito espaço. 

Um palco pequeno, uma localização visível para o piso térreo e para o primeiro andar do restaurante, é suficiente para que todos passemos uma noite divertida.

Como habitual, deixámos um conjunto de sítios para visitar da próxima vez: uma quantidade de casas-museu, os banhos árabes, o templo romano, o Alcazar, a torre de Guadalcabrillas, o Molino de la Alegria, bem como a visita a Medina Azahara.


ZAFRA


Até Elvas, é uma manhã de viagem. Quase 300 kms em estradas nacionais. 

Por isso, uma paragem a meio caminho seria ideal. 

O tal café de meio da manhã. Ficou para Zafra, 200 kms a seguir a Córdoba. 

Há pouco trânsito e o calor mantém-se.

O Palácio dos Duques de Feria, uma fortaleza do segundo quartel do século XV, alberga hoje o Parador de Zafra. 

Motos estacionadas no parque fronteiro, passo lesto para nos abrigarmos do sol que já aquecia o final da manhã, eis-nos no pátio renascentista.

Neste dia, o pátio era cenário de uma demonstração da arte de pelejar com armas, muitas delas de origem medieval, mas também assistimos a uma demonstração de esgrima com floretes, que incluía os dispositivos electrónicos de toque utilizados nas provas desportivas.

Bebemos café no bar mas foi no pátio que mais se destacaram as ferragens, arcos, artesanatos e outros elementos decorativos pertencentes ao antigo palácio. 

Saimos, julgávamos, para chegar atempo do almoço em Elvas. 

Porém, o dia feriado havia limitado as vagas...


ELVAS


Almoçamos no Grémio, um dos poucos restaurantes que tinham vaga antes das 3 da tarde... situado em plena Praça da República, mesmo ao lado da Casa da Cultura. 

As motos ficaram no largo, junto de um grupo de carros clássicos que também haviam aproveitado os feriados de Junho.

Foram pouco mais de mil quilómetros – com passagem por Aracena, Sevilha e Carmona, percorridos durante quatro dias, feitos devagar, com etapas curtas e suaves. 

A mais longa foi a última, a única que ultrapassou os duzentos quilómetros, a ligar Elvas à capital.

Música: Paco de Lucia, Entre Dos Aguas