sexta-feira, 29 de maio de 2020

A Arte no Reina Sofia, Madrid


Habitualmente, um museu mostra um universo, normalmente organizado num conjunto de mundos, entre outros, estético, histórico, artístico, simbólico, temporal, sensacional. É possível, por tal, passear pelos espaços que mais nos entusiasmam, surpreendem ou maravilham.
O Museu Reina Sofia, em Madrid, do outro lado da estação de Atocha, dispõe de cerca de 23 mil obras de arte. Um número suficiente para motivar passeios permanentes, itinerários interpretativos, circuitos temáticos, percursos históricos, etc.
As propostas do museu são, até, bastante actuais. Não vão além de pouco mais de um século. Aliás, organiza-se inicialmente em quase meio século - A irrupção do século XX: utopias e conflitos (1900-1945) – continuam para o Pós-Guerra, com “A guerra acabou? Arte em um mundo dividido (1945-1968), e termina com a contemporaneidade de “Da revolta à pós-modernidade”.
Só se revela no final. Mas, ao longo deste passeio, a sensação, a interpretação, a opinião, até a história e, provavelmente nada surpreendente, a lógica, o gosto e a estética, vão sendo postos à prova. Pela configuração, pelo título, pelos materiais, pelo simbólico.
Desta vez, cumprimos o circuito histórico, porém sem ordem cronológica organizada. E, começar pelo princípio, neste caso pelo pátio, significa dar de caras com o Pássaro Lunar, de Juan Miró. 
Depois, ao virar da esquina, surgem os “Vencedores de Leningrado Apoiados pelo Monstro Daltónico Matisse”, um desafio tremendo de um artista islandês, Erró.

A seguir, está a proposta de Yves Klein, que parece se ter deitado ao relento sobre  a tela para produzir “Antropometria”, e ter explicado que os materiais utilizados foram, “pigmento seco em resina sintética sobre papel colado à tela”. Interessante, logo após, uma obra de César Baldaccini, com tiras de madeira.
Na parte das sensações, foi a leveza de uma estrutura intrincada, de GEGO, (Gertrud Goldschimidt) – projecto Lausanne – que fascina, tal como o “Dr. Cotlenko”, de Jesus Soto, uma pintura sobre tela com tiras de madeira ou, ainda, o “Paralelo 42”, de David Smith, em aço.
Sobre materiais, não é todos os dias que se vê um homem e uma mulher esculpidos em madeira e vidro, uma obra do espanhol Antonio López; nem, “Magestade”, em madeira e barro policromado, de Angel Ferrant.
Acabámos o primeiro circuito com “bestas”. O primeiro também tem um homem – “Homem e Bestas” – do belga Corneille. Picasso tem lá mais bestas, “Três Cabeças de Cordeiro”, um óleo sobre tela, e escultura “Homem com Cordeiro”, dos tempo da ocupação alemã de Paris.

Mais à frente, passamos para a “arte num mundo dividido”. Começamos com o luso-brasileiro Artur Barrio e terminamos com o vanguardista Eusebio Sempere. Entramos nos mundos da luz (e da sombra), da geometria, pela arquitectura, pela arte abstracta.
Subimos e chegamos ao pátio do telhado. Trata-se de uma plataforma que também permite o acesso ao edifício contíguo. Em redor, os últimos pisos dos prédios fronteiros de habitação. A panorâmica foi ampliada com a colocação de anteparas de vidro.

Depois, entramos pelo surrealismo de Dali e de Man Ray. Logo após, o trabalho escultórico de Alberto Sánchez, inspirado na natureza vegetal e humana da figura, com “Maternidade”, uma obra em pedra plena de elementos simbólicos, e com “Bailarina”, em gesso colorido e patinado.

Continuamos com óleo sobre tela, “Família em Estado Metamórfico”, de André Masson, com influência do cubismo e de Juan Gris. passamos para a escultura em bronze fundido de “Maria, a Cigana”, de Julio Antonio, uma abordagem que combina o idealismo e o realismo num contexto etnológico.

Terminamos com um óleo sobre tela, denominado “Garrote Vil”, de Ramón Casas, uma espécie de crónica de acontecimentos, que o pintor presenciou e retratou com detalhe quase fotográfico, considerando que a obra tem apenas 12x16 cm.

Agora é a vez do cubismo de Juan Gris, com “Guitarra e Fruteira”. Sobressai todavia o seu ”Retrato de Madame Josette Gris”, que teve como modelo a sua companheira. Passa-se por uma ‘natureza morta’ de Dali e deixa-se a Europa ocidental.

Mais à frente, estão os artistas russos ou da influência russa. Entramos com Ivan Kliu, pintor, escultor e designer gráfico vanguardista, e o seu “Auto Retrato com uma Serra”. Logo após, estão expostas obras de Véra Pestel, outro vanguardista russo, que também tem influência de Malévitch.

Este, partilha textos de Mayakovski, num conjunto de obras onde o tema é a invasão alemã da Rússia. Mayakovski também lá figura, com duas telas de técnica mista. Mais à frente, quatro obras de El Lissitzky, artista, designer, fotógrafo, tipógrafo e arquitecto russo, cujo mentor era também Mayakovski.

Desde o pátio ao rooftop, todos os andares do edifício mostram arte. Fora do edifício, embora com ligação ao museu, através do piso terreo, está o restaurante Arzábal, que significa cozinha tradicional, da memoria e dos bares de tapas. Uma taberna reinventada, segundo eles.


O que levamos do Reina Sofia é o que esperávamos. Um espaço dedicado, amplo , luminoso, bem preenchido e indicado. A configuração das exposições é clássica sem margem para queixa. O  pé-direito das salas é enorme, o que favorece o espaço. Pena é que, como na maioria destes espaços museológicos, sejam raros os sítios para sentar, descansar e observar com mais detalhe algumas obras.


quinta-feira, 21 de maio de 2020

Uma História de Assombro. Portugal-Japão Séculos XVI- XX



  
O tema acompanha-nos há cinco séculos, quando a História nos juntou a partir do século XVI. O encontro com o Japão foi para os portugueses uma estreia – Portugal foi o primeiro país europeu a chegar ao Japão – uma novidade que surpreendeu mas também assombrou, um encontro que espantou mas também martirizou.

É parte dessa história de encontros e reencontros que a exposição narra, ao longo de uma mostra de objectos invulgares e apaixonantes. São muitas as peças que ilustram sobretudo a troca de saberes, a língua, a arte e a religião, entre as duas culturas.


Algumas destas peças históricas estão expostas pela primeira vez ao público. Muitos dos objectos em exposição pertencem a coleccionadores particulares. Um dos biombos, pertença de um particular, está habitualmente na sua sala de estar. 

Há livros, provenientes por exemplo da Biblioteca Nacional, um par de estribos, de uma colecção particular, e um crucifixo cristão – kakure kirishitan - muito curioso, também proveniente de colecção privada, em cujo centro foi colocado um pequeno Buda. 

Tal comunhão decorreria da proscrição do cristianismo no Japão, poucos anos depois da sua disseminação, obrigando os praticantes a fazê-lo em clandestinidade, mas mantendo a simbologia, embora “mascarada” porém disponível para o efeito protector e curativo.


Em outra sala, encontra-se um par de catanas e um ‘wakizashi’ (pequenas’ espada) do século XIX, bem como um móvel de sala com um tipo de decoração que influenciou a Arte Nova (japonismo). 

Numa vitrine próxima, estendem-se alguns documentos oficiais, sendo um deles, datado de 1862, a lista de presentes enviadas pelo ‘Xogum’ do Japão a D. Pedro V, proveniente do Arquivo Histórico Diplomático do Ministério dos NE e provavelmente exposto em público pela primeira vez.


Um dos conjuntos de peças mais fascinantes, por isso exposta em sala dedicada, mostra uma armadura de cavalo e outra de samurai. Nunca tinham sido expostas. Foram “desmontadas” no reinado de D. Luís e estiveram mais de um século fechadas numa arrecadação do Palácio da Ajuda. Imaginem o trabalho de recuperação!


A armadura do cavalo é simplesmente notável.  A do samurai é uma peça dos séculos XVIII/XIX, em cabedal lacado, seda, fio de algodão, pele de veado, talvez pele de urso e metal amarelo. Está assinada por Ohtaka Matajirou Shigeaki. Não será das mais vistosas – cf. com as do Museu do Oriente, http://cordeirus.blogspot.com/2018/07/o-um-outro-mundo.html – mas valerá por ser diferente dessas.


Mas a exposição vale pelo seu todo, até mesmo pelo detalhe de os números das salas estarem em vocabulário katagana, um dos três utilizados pelos japoneses, sendo este exclusivo para palavras japonesas.


Não se trata, porém, de uma mostra exaustiva sobre o tema, já que, nas palavras da cicerone da exposição, só sobre Wenceslau de Moraes,  por exemplo, embaixador português no Japão de 1900 a 1913, mereceria outra exposição.



sábado, 16 de maio de 2020

Milão: alguns de muitos sítios



Neste tempo impõe-se uma lembrança.
E um anseio.
Uma recordação da Milão feérica, artística, cosmopolita, típica, serena, imponente. 
E um desejo: que a Milão triste, vazia, sofrida, trágica, de hoje, se transforme rapidamente na Milão da festa, das artes, da história, das boas novas.


O nosso quotidiano é feito de trocas rituais. 
Pontuais, diárias, mensais, sazonais. 
O Natal é uma das épocas onde é habitual dar-se uma dessas trocas rituais. 
Neste caso, passa pelas coisas que adquirimos e oferecemos aos que mais prezamos. 
Um hábito de troca, um ritual de contra prestação, onde as ofertas são elementos fundamentais. 



Ritual que também passa pelos locais onde compramos esses presente. 
E que são ambientes dos mais feéricos do ano.
Na Europa Ocidental, as feiras de Natal são um dos locais mais tradicionais para o fazer. 
As cidades europeias estão cheias de Feiras de Natal.
Milão não é excepção.



Para serenar o assédio das compras e equilibrar orçamentos, por que não deambular?
Aproveitar a época de Natal para conhecer um lago, um castelo, um edifício histórico.
E/ou passear pela parte nova ou pela parte antiga de uma cidade.
Ou visitar um cemitério monumental.
Por que não descobrir uma estação de Metro em estilo galeria de arte.
Ou seja, andar à descoberta.


Na época de Natal há sempre mais gente a deambular do que o habitual.
O ambiente natalício leva as pessoas à rua.
Nesta época, sente-se o peso da multidão.
Só na área urbana de Milão, por exemplo, a população estimada chega aos 4 milhões e 300 mil pessoas. 
O turismo de Natal coloca nas zonas comerciais meio milhão. 



Os sítios tornam-se mais coloridos, mais feéricos.
O movimento pedonal dá outro ritmo ao quotidiano.
Essa dinâmica mistura-se com os espaços.
Por isso, também os lugares de referência se transformam.
Espreitemos, por exemplo, Naviglio, a Basílica de Santo Ambrogio, a Estação Central, as Colunas de São Lourenço, a Catedral, as Galerias Vittorio Emanuel II, o Bosque Vertical e a Praça Aulenti.

NAVIGLIO

 
Milão não é uma cidade clara. 
Mas, de vez em quando, o espaço ilumina-se. 
Um jardim, uma avenida, uma praça com maiores dimensões servem de holofote contrastando com as ruas estreitas e ou as fachadas mais escuras dos prédios. Como iluminante, o Lago de la Darsena tem esse condão.



Trata-se de um lago artificial, que data do século XVI. 
E nem parece ser tão antigo. 
Contíguo a uma avenida larga que abraça a Porta Ticinese, abre o espaço urbano ao passeio, especialmente nas margens, onde há cafés, restaurantes, quiosques, esplanadas e, nesta ocasião, (mais) um espaço de recriação natalício.
E, não só. 
Ali perto, há fabulosos "cannoli" sicilianos.


Durante a Alta Idade Média, o espaço hoje ocupado pela Porta Ticenese foi o acesso principal da cidade para quem viesse ou fosse para sul, bem como lugar de trocas comerciais.  
Construída no início do século XIX, a Porta foi testemunha da passagem do exército napoleónico após a vitória de Marengo, tendo mudado de nome nessa altura. 
Rebaptizada como Porta Ticenese, é hoje um local de referência da cidade.



Ali próximo, estendem-se por quilómetros dois canais.
O Naviglio Grande e o Naviglio Pavese, antigamente com ligações a Pavia e à Suíça. 
Nas margens, além dos edifícios com tez antiga, há muitos pátios acolhedores, com lojas de artesanato, galerias de arte, bares e restaurantes.
É uma das zonas masi atraentes da cidade.


Há pequenos comércios de rua, uma ou outra ponte.
E pequenos barcos que  navegam lentamente.
A vida nocturna tem aqui também um dos seus locais de referência.
De manhã, o espelho de água aumenta a sensação de espaço.
A luz dá nova vida aos canais.  

BASILICA DI SANT’AMBROGIO


O local original data de finais do século IV.
A reconstrução do século XI deu-lhe a configuração estética e arquitectónica actual.
Serviu de modelo às restantes construídas em estilo românico da Lombardia.
O longo pátio colunado dá-lhe  



Apesar de ter sida gravemente atingida durante a Segunda Grande Guerra, no enorme átrio de entrada ainda estão expostos diversos fragmentos arqueológicos. Sente-se o peso dos anos, o rigor da reconstrução, mas sobretudo a manutenção do ambiente medieval.

No interior, destaca-se sobretudo o Sarcófago de Stilicho.
Trata-se de um comandante do exército romano, mas de origem bárbara.
Pela imponência do sarcófago supõe-se a sua importância já na época de decadência do Império Romano do Ocidente.
Ao fundo, também notórias na zona do altar principal, as decorações em alto-relevo com cenas religiosas.


STAZIONE DI MILANO CENTRALE



Inaugurada em 1931, é a principal estação ferroviária de Milão.
Possui 24 linhas, uma fachada de 200 metros e um pé-direito máximo de 72 metros.
Dali, chegam e partem, além de outro tipo de comboios, 7 composições de alta velocidade.
O movimento testemunha a dimensão.


O modelo no qual o arquitecto Ulisse Stacchini se baseou foi o da Union Station, em Washington. 
A edificação, inicialmente simples, foi-se tornando cada vez mais sofisticado e imponente. 
Tal foi notório, sobretudo a partir do momento em que Benito Mussolini usou o edifício para mostrar o poder do regime.



A enorme praça fronteira, Piazza Duca D'Aosta, é o acesso privilegiado da estação. 
Além da Centrale, outros edifícios dominam a praça.
Um deles é a Torre Pirelli, mandada erigir no local da fábrica original e edifício mais alto de Itália durante 40 anos.
Outro, é o Hotel Excelsior Gallia.


COLONNE DI SAN LORENZO


Em Itália, os vestígios romanos estão em toda a parte.
As Colonne di San Lorenzo são 16, em estilo coríntio.
Elevam-se a 7,5 metros e datam do século III ou IV d.C.
Estima-se que estarão colocadas sobre um templo pagão do século II.


Antes circundadas por casas de habitação, escondiam a Basílica de San Lorenzo.
Hoje estão mais visíveis logo após um parque relvado.
Tal aconteceu mercê também dos bombardeamentos da Segunda Guerra Mundial que destruíram as casas vizinhas.  



Ali perto, a actualidade está paredes-meias com a antiguidade. 
Um mural testemunha que o problema da violência doméstica não é apenas apanágio português. 
Centenas de bonecas simbolizam as vítimas do flagelo.

DUOMO


Parece um sentinela na Piazza del Duomo.
Imponente e flamejante, como foi designado o estilo arquitectónico gótico da Catedral de Milão, o Duomo milanês. 
Data de finais do século XIV, mas só foi dada como concluída mais de quatrocentos anos depois, em 1813.


A fachada é arrebatadora, em estilo gótico.
Os seus 136 pináculos, parecem esticar ainda mais os 45 metros de altura das naves.
Ocupa quase 12 mil metros quadrados e tem mais de 150 metros de comprimento.
Mesmo assim, a arquitectura dá-lhe uma leveza impressionante.


À noite, a iluminação cria um cenário mágico especialmente na fachada. 
O edifício tem uma lotação máxima de 40 mil pessoas,
As filas de visitantes tinham mais de 50 metros.
Testemunhavam-lhe a atractividade.


É o local mais visitado de Milão.
Sob o edifício foram descobertas ruínas de um batistério cristão do século IV.
A panorâmica desde o telhado é fantástica.
O carácter religioso é reforçado por, numa abóbada do tecto, estar colocado um dos pregos da cruz de Cristo.

GALERIAS VITTORIO EMANUELE II


Contíguas à Catedral e ao teatro Scala, as Galerias Vittorio Emanuel são um ex-libris da capital da Lombardia. 
A construção data do início da segunda metade do século XIX, sendo um dos locais de referência da moda milanesa e um dos sítios mais elegantes da cidade.
A para da praça contínua, as galerias enchem-se de visitantes e compradores.


Duas grandes a abóbadas de vidro e ferro cobrem as duas galerias perpendiculares.
Tal solução permite a entrada de luz, bem como protecção em dias de muito sol ou chuva.
Possibilita ainda uma visibilidade franca para a praça do Duomo e para as vias circundantes.


Sendo também um local turístico, que encerra muitas lojas e restaurantes de renome, é habitualmente percorrido diariamente por milhares de pessoas.
É ali que continuam abertos alguns dos estabelecimentos mais antigos de Milão.
E também as lojas de marcas mais sonantes.
Histórico é, por exemplo, um dos cafés da galeria, que conta com mais de 150 anos. 


A magia do local não contempla apenas as compras.
O logotipo que se encontra na confluência das quatro ruas atrai muita gente.
Muitos dos visitantes já leram sobre a lenda do touro.
É o símbolo da família Savoia que, sobre o qual, dando uma volta completa com o pé direito e olhos fechados, trará sorte a quem o faça.
Muitos estão lá para, em fila, executarem esse ritual mágico.

BOSCO VERTICALE


Os dois edifícios do Bosco Verticale ficam no bairro de Isola.
estão muito próximo da piazza Gae Aulenti.
De tão exclusivos na sua arquitectura, são igualmente únicos no conteúdo decorativo/ecológico.
Apresentam nas respectivas fachadas mais de duas mil espécies vegetais diferentes.


O projecto é eminentemente ecológico.
Visa “incrementar a biodiversidade vegetal e animal através da densificação vertical do verde”,
É uma tentativa de contrariar a formação de microclimas e a expansão urbana dos materiais artificiais.



Os edifícios são relativamente recentes, datam de 2014.
Mas já ganharam o prémio dos “arranha-céus mais belos e inovadores do mundo”.
Fazem parte do projecto Porta Nuova.
Este projecto integra outras estruturas urbanas comerciais, de apoio e residenciais.


Apesar de não serem muito altos, os dois edifícios, a Torre de Castilla e a Torre de Confalonieri, são relativamente estreitos.
Nota-se todavia a sua ”magreza” nos 26 e nos 18 andares que surgem isolados na paisagem, porém com uma estética atraente.
Há quem os assemelhe aos Jardins Suspensos da Babilónia.

PIAZZA GAE AULENTI


Está a dois passos do Bosco verticale.
O nome da praça é uma homenagem à arquitecta italiana Gae Aulenti.
A inauguração é recente, não fez ainda sete anos.
O local tornou-se no núcleo urbano mais moderno da cidade.
Trata-se de uma zona reabilitada que envolveu três bairros de Milão.


A praça Gae Aulenti tem um formato circular.
Situa-se num plano elevado, seis metros acima do nível da rua.
Integra um conjunto de de edifícios de arquitectura impressionante, quer pela altura quer pelo design.
Uma das torres tem 231 metros de altura e é o edifício mais alto de Itália.


No meio da praça, uma espécie de espelho de água anima-se ao anoitecer emprestando um ambiente feérico ao espaço.
Em redor da praça, além de restaurantes e bares, muitas lojas exclusivas - Christian Louboutin, Tesla, etc – e um  sistema de iluminação com génese solar.
Apesar de á noite a praça ficar , julgo propositadamente na penumbra, de dia, a luminosidade do espaço é excelente.
Ninguém diria que se está à sombra do maior edifício de Itália.