sexta-feira, 11 de novembro de 2016

História, Tradição e Natureza. Passeio do Oeste. CPEP



Batalha e Aljubarrota, uma noite de fados e um passeio pela Estrada Atlântica. A História juntava-se à Tradição e à Natureza. Era essa a proposta para o último fim-de-semana de um Setembro que se manteve tão cálido. A cereja em cima do bolo era podermos fazê-lo de moto.

Mas, nesta manhã de sábado, o sol perdeu a batalha contra o lado negro do céu. O império das sombras lançou nevoeiro pelo litoral de modo a encobrir o modo de viver nacional que se vangloria e alimenta de céu plenamente limpo e azulado. Mais. Como se não bastasse a névoa, a humidade ia-se transformando em chuva.

Hotel Eurosol, Leiria
Porém, como bons portugueses que somos, temos sempre uma frase batida para ilustrar e sobretudo exorcizar qualquer situação. “Não há mal que sempre dure”, adapta-se bem ao final da manhã. E assim foi. À tarde, já se suava em Aljubarrota. Tal como naquele final de tarde de 14 de Agosto de 1385, já lá vão 631 anos…

DE LEIRIA À BATALHA

Saímos do hotel em Leiria pouco depois de já estarmos para lá da hora de saída. A fila de motos estava mais esticada do que é habitual. Para tanto contribuía a presença dos convidados dos organizadores, Mariano e Aires, bem como do regresso de alguns ausentes dos últimos Passeios e de outros que já não punham cá as luvas há mais de uma década.

A caravana de motos estava mais heterogénea do que é costume. Contávamos agora com modelos (melhor) preparados para andar fora de estrada e com as GTs do momento.

Hondas e BMWs dominavam, mas havia ainda uma scooter daquelas que se estacionam em qualquer sítio.

Estava muita gente da Trofa, de Coimbra e de Leiria. Pouca de Lisboa, do Porto, do Algarve, de Famalicão, de Torres, de Aveiro, etc. 

Mas também havia novidades. O Fernando e a Cristina voltaram após alguns anos de ausência, bem como o Luís Gonzaga que já levava quase uma quinzena de afastamento.
Voltámos a contar com um contingente internacional que integrava o Bernard, o Jean Turpiano e a Ghislaine, que continuam a vir de moto desde França.

Contamos ainda com a participação do Pedro e da mulher, de Puerto de Santa Maria, amigos do Jorge Cunha.

Saímos sem chuva mas quase sob as trevas de um grupo de nuvens com cores opacas e aspecto sinistro. À chegada à Batalha, onde o sol já brilhava, as motos ficaram bem perto umas das outras, todas alinhadas, num estacionamento privativo e vedado, situado em frente do restaurante onde iríamos almoçar. 

NA BATALHA


Se, por um lado, a batalha de Aljubarrota nos alimenta aquela sensação de golear eternamente Espanha, o mosteiro leva-nos à infância, à viagem no banco de trás do carro ou à camioneta de excursão. Se não, na nossa meninice liceal era inevitável não ir à Batalha, ao Mosteiro da Batalha.

O Condestável ainda acompanha a Batalha
Fazia parte do programa de visitas de estudo. Qualquer liceu agendava uma visita à Batalha. Qualquer professor de História que se prezasse tinha a Batalha como local de romagem, uma espécie de Fátima para historiadores. Mas a Batalha não tinha/tem apenas um pendor académico.

Localizada sensivelmente a meio-caminho entre Lisboa e Porto, era e é um monumento notório, atractivo e artístico. Tinha um significativo peso histórico-político (ainda tem, não tem?) e fazia parte (ainda fará? deve fazer….?) do imaginário popular no que respeita à independência e à liberdade.

Já todos fomos à Batalha. E continuamos a ir. O sítio é simpático, o monumento é cativante, o ambiente é cosmopolita. À primeira vista, a Batalha é (também) isso. Mas é de certeza muito mais, para quem gosta de história, sobretudo história de arte, arquitectura, até de engenharia, ou para quem vá apenas pela estética ou mesmo pelo passeio.


Desde o escultórico portal de entrada da igreja, à solenidade da Sala do Capítulo, à verticalidade da nave central, ao colorido dos vitrais, ao rendilhado e monumentalidade das Capelas Inacabadas, o mosteiro de Santa Maria da Vitória, conhecido como da Batalha, ressuma época e beleza.

Detalhe do portal
Começámos pelo portal na fachada, acompanhando as explicações dadas pelo professor Travassos, um conhecedor da Batalha, que nos foi guiando pelos restantes locais interessantes do monumento. Na fachada, deixou-nos nada menos, nada mais, do que com a corte celestial, incluindo apóstolos, santos, profetas, e ainda réis de Israel e anjos músicos…


Depois, entrámos no átrio da igreja, adaptamo-nos à mudança de luz e fomos imediatamente recebidos pela elegância e vigor do gótico, onde até a fraca luminosidade nos convida à contemplação, enquanto pisamos a campa do mestre Mateus Fernandes, um dos arquitectos da Batalha.

Passamos à Capela do Fundador e moldámos os olhos de novo à alvura do espaço e aquela claridade translúcida arrojada das janelas estreitas com vitrais. Ali estão sepultados D. João I e Filipa de Lencastre. Este mausoléu contempla ainda os túmulos dos seus filhos, a chamada Ínclita Geração, e dos réis Afonso VI e João II. Um panteão real.

Internamo-nos de novo no corpo central da igreja, onde decorria um casamento, e fomos observando no chão das naves laterais um enxameado de marcas dos pedreiros que as construíram. São marcas que se estendem, por exemplo, ao Claustro Real.

No Claustro Real
Depois, paramos para mais uma explicação a caminho da Sala do Capítulo, outra referência do monumento, vizinha de um claustro onde o manuelino e o gótico se encontram em toda a sua grandeza, num jogo de penumbras e claridade tão medievo.

Continuamos a pisar túmulos até chegarmos à porta ogival da Sala do Capítulo. Há muitas datas de morte gravadas no chão de pedra. A mais famosa parece ser a que corresponde ao túmulo de um cronista italiano e que testemunha, “aqui jaz dom justo bispo que foi de cepta”.

Porém, quando levantamos os olhos para a galeria surgem as imponentes arcadas ogivais, decoradas com rendilhados de motivos vegetais, cruzes de Cristo e esferas armilares, harmonizando de novo o gótico e o manuelino formando excepcionais véus de pedra.


Nervuras ogivais

Entramos na Sala do Capítulo, salão nobre do mosteiro e palco de assembleias monásticas, cuja grandeza se percebe na abóbada estrelada que parece pairar por cima de nós. É célebre a lenda da abóbada, sob a qual o seu arquitecto, Afonso Domingues, permaneceu para garantir que não caía.

No imponente salão quadrado, além de um tríptico de vitrais excelentes datados do século XVI que parece um retábulo, está instalado o monumento ao Soldado Desconhecido, uma campa rasa guardada permanentemente por sentinelas.

Portal da Sala do Capítulo
Vamos depois pelo claustro e na esquina encontramos o Lavatório dos Dominicanos, uma fonte onde os frades lavavam as mãos, uma obra-prima do “mestre de obras do reino”, Diogo Boitaca, o mesmo que esquiçou inicialmente os Jerónimos.


Lavatório dos Dominicanos








Até aqui, o gótico nos vai-nos esmagando e maravilhando quando se abrem grandes espaços depois de enormes aberturas, se elevam cada vez mais as suaves abóbadas, quando as gárgulas se impõem no topo das paredes, os arcos ogivais e a finura das janelas nos elevam os olhos ao céu.


Quando o manuelino o esplendor manifesta-se então no detalhe do rendilhado e a intensidade dos motivos decorativos vegetais e marítimos, a profusão dos símbolos reais (a cruz de Cristo e a esfera armilar), as (novas) nervuras que suportam os arcos ogivais mais complexos e arrojados, os arcos de volta perfeita e as colunas de estilo greco-romano das Capelas Imperfeitas.

É nas Capelas Imperfeitas ou Inacabadas que a arquitectura do mosteiro nos volta a impressionar. A altura esmaga, a planta surpreende, os detalhes deslumbram. Entramos pelo portal quinhentista de 15 metros de altura, revestido por um rendilhado primoroso de troncos, ramos e folhas e percebemos a planta octogonal, em que cada lado é ocupado por uma capela.

A iniciativa da construção deste espaço deveu-se ao rei D. Duarte, sepultado no túmulo da capela que fica em frente do portal. As restantes capelas destinavam-se a receber outros monarcas ficando o espaço como outro mausoléu real.

Nota-se que a delicadeza do gótico vai dando lugar ao que também foi apelidado de renascentista, uma recuperação estilizada da arquitectura greco-romana, com colunas portentosas agora trabalhadas com a filigrana do gótico.

Saímos lentamente ao ritmo do sol e continuamos no mesmo compasso na esplanada do restaurante, já acompanhados por um lado de um espumante suave do Douro ou um ameno Porto tónico e, do outro, pelo parque de estacionamento privativo do Clube.

O tempo aquecera mesmo a tempo. Por tal, a esplanada encheu-se rapidamente. A vista era luxuosa: primeiro as motos alinhadas no estacionamento privativo, depois a estátua equestre do Condestável e finalmente o Mosteiro da Batalha em fundo.

Embora a temperatura aconselhasse a ficar, avançamos para o restaurante do hotel Mestre Afonso Henriques para degustar um excelente Bacalhau à Portuguesa. Fomos ficando como é habitual nas também já habituais actualizações do ambiente motociclístico.

Esta tarde tínhamos tempo, muito tempo para ir da Batalha a Aljubarrota, de Aljubarrota ao castelo de Leiria, do castelo ao hotel. Tudo ficava perto, o tempo continuava ameno e a tarde prometia passeio e conhecimento.

EM ALJUBARROTA

O Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota não fica longe. É relativamente recente - tem uma dúzia de anos – e pretende ser protagonista da recuperação e valorização do campo de São Jorge, local onde se deu a famosa batalha entre os dois Joãos, o de Portugal e o de Castela.

Exército em repouso
O espaço onde o Centro está implantado corresponderá mais ou menos ao local onde estava situada a Ala dos Namorados e a tenda do rei português,no dia da batalha, e o parque de estacionamento onde deixámos as motos devia corresponder nessa altura ao local onde estava a carriagem ou seja o dispositivo de apoio.

Hoje, o terreno tem uma configuração relativamente diferente de há seiscentos anos. Nessa altura, o local onde o exército português se encontrava estava melhor defendido pelo relevo. Ainda se nota que a colina teria uma posição estratégica favorável.

Dispositivos para observação da configuração do terreno da batalha
Pode prever-se essa vantagem ao olhar por uma espécie de prismas que nos dão uma ideia da geografia do terreno. Fizemos fila para ver onde estava o exército castelhano e onde o esperava o exército português naquele dia. Percebe-se que a frente de batalha era estreita.

Além dessa condição, determinada pelas linhas de água e pelos barrancos, os portugueses desta altura já eram exímios em complicar avanços e dificultar progressões. Desta feita, as pequenas fortificações, as armadilhas (tocas de lobo, lembram-se de Elvas?), os fossos, foram capitais no desfecho da batalha.



Pena que não se visitem – nem sequer sei se foram preservadas – as covas de lobo e os fossos descobertos na década de 60 do século passado e que comprovam o reforço da protecção dos flancos do exército português. Talvez seja possível numa visita mais completa.

Capela de São Jorge


Ficamos no entanto com muita informação sobre o posicionamento das forças em confronto, co detalhe do posicionamento dos arqueiros, dos lanceiros, da progressão da cavalaria, da colocação das peças de artilharia, dos avanços e recuos durante a batalha.

Passámos ainda pela capela de São Jorge, mandada construir por Nuno Alvares Pereira, na última década do século mas que hoje pouco tem de interessante a não ser uma porta em arco quebrado nas traseiras, onde fica a capela original.

Regressámos ao edifício do Centro de Interpretação para nos instalarmos no auditório e assistir a uma reconstituição ficcionada em vídeo dos antecedentes e da batalha de Aljubarrota. À saída, passámos por um pequeno espaço museológico que encerra alguns objectos relacionados com o evento.

NO CASTELO DE LEIRIA

Regressámos a Leiria, atravessámos a cidade e trepámos até ao castelo. Estacionámos onde foi possível, uns ainda junto das habitações, outros já na ladeira que antecede o portão do castelo. Outros ainda ficaram praticamente em frente da casa onde o nosso anfitrião, Carlos Mariano, passou a sua infância.

Nas ameias das muralhas do castelo de Leiria
A fortaleza inicial data do século XII, mas é no século XIV, o da batalha de Aljubarrota, que o castelo é significativamente beneficiado, notando-se sobretudo a sua grandiosidade na torre de menagem alta e portentosa, último reduto de defesa logo após o conjunto de muralhas que trepam a colina.
Aposentos do Paço de D. João I


Na torre de menagem, local mais elevado do castelo, está exposta uma pequena colecção de artefactos medievais, contemplando elmos, cotas de malha e armas. É possível aceder ao topo da torre através de uma escada de madeira. Lá em cima é só preciso ter atenção à praga de formigas de asa…
Interior da igreja de Santa Maria, dentro do castelo


É a dinastia de Avis que escolhe este castelo como referência emblemática do seu poder. O Paço de D. João I, sobretudo aquele alpendre com arcaria gótica e vista excelente sobre a cidade, é exemplar do rigor e da estética que se impõe sobre a muralha que lhe serve de suporte.

Peças da colecção museológica
A anteceder esta varanda panorâmica, está o salão nobre, hoje praticamente vazio de mobília, precedida por um vestíbulo antecâmara de recepções e audiências, acesso ao espaço privilegiado de ócio e intimidade da família real que tinha os quartos situados de um lado e de outro deste espaço.

Panorama desde as ameias
É a varanda que dá um toque palaciano ao conjunto. Perto, existe uma capela gótica do século XII – muito parecida com a existente no castelo dos Mouros em Sintra – que, tal como a do castelo sintrense, está destelhada. Nota-se que, embora pareça estar agora a ser alvo de manutenção, algumas áreas interiores do castelo estiveram ao abandono durante muito tempo.

Situado numa posição estratégica, de onde se vê tudo em redor, protegido de um dos lados por uma escarpa íngreme e pedregosa, é possível até assistir a uma perícia automóvel com clássicos e ouvir o roncar dos motores nas ameias como se estivéssemos em pista…


NOS FADOS



Voltámos ao hotel e estacionámos as motos na garagem. Antes de subirmos ao oitavo andar para jantarmos, ainda passámos pelo wine bar para dar dois dedos de conversa e acabar com o stock de Gin, escasso para uma situação em que o hotel parecia estar completamente preenchido.

Pena foi que a noite estivesse chuvosa e o céu enevoado e, do restaurante do hotel, o “Varanda de Leiria”, não se conseguisse ver grande coisa através dos vidros. Porém, o programa previsto para a noite ultrapassava essa particularidade.

Exceptuando nós, que também somos uns belos artistas, há muito que o Clube não assistia a um espectáculo que valeu todo aquele fim de noite. E acreditem que havia ali pessoas que não ouvem um fado gravado há milhares de anos! Ao vivo, todavia, não há maneira de contornar aquele ambiente.

Parece até que uma qualquer predisposição nos leva os sentidos para as violas, para as guitarras, para a voz da fadista. Claro está que a apresentação dos músicos e da fadista pelo Carlos Mariano também leva a essa encantamento que uma sereia da Ilha dos Amores não faria melhor.

Por tal, quando o mestre António Parreira, https://www.youtube.com/watch?v=bdEmX-XvK4g, o Ricardo Parreira, https://www.youtube.com/watch?v=RFCRXmyUVNA e o Marco Oliveira, https://www.youtube.com/watch?v=kYjMr1PGGnM, atacam as guitarras e as violas, o ambiente fica por conta deles, sobretudo quando a Vânia Conde, https://www.youtube.com/watch?v=FBriCoeIqkc, enche a sala com a sua voz.

Julgo que todos ficamos bem surpreendidos. Passámos por tanto uma noite admirável com excelentes músicos e uma voz cativante. Talvez por isso, e como manda a tradição, tenhamos ouvido o espectáculo em perfeito silêncio, com o deleite tal que (quase) podia ter ultrapassado o passeio do dia seguinte.

NA ESTRADA ATLÂNTICA


Foi outro ponto alto da jornada. Contrastando com os escassos quilómetros que tínhamos percorrido no dia anterior, a proposta de irmos pela zona litoral privilegiou o ambiente natural da costa oeste. Foram cerca de 40 quilómetros praticamente acompanhados pelo mar. E não só.

À saída do hotel, uma scooter e uma GS conduzidas por mulheres
O piso na “Estrada Atlântica”, que percorremos entre a praia de Pedrógão e o Sítio da Nazaré, está excelente. Roda-se à beira de uma ciclovia, a espaços vê-se o Atlântico, vai-se entrando em pequenas localidades, sendo restante percorrido ao longo de pinhais.

Saímos de Leiria com o tempo enevoado, passámos por um grupo de “cinquentas” e parámos para reabastecer. Já havia mais motos no grupo pertencentes aos amigos do Carlos e do Aires, onde se incluía uma GS pilotada por uma rapariga que não devia ter muito mais do que metro e meio.

Praia de Pedrógão
Chegámos à praia de Pedrógão com um sol radioso. Foi aqui que fizemos a primeira paragem e aproveitamos para beber café no bar de praia que fica no topo sul do extenso areal. Depois, mais dois dedos de conversa com o mar por cenário, outros tantos olhares sobre a praia e o oceano, e as “últimas” sobre o dia anterior.  

Se até à praia de Pedrógão, nem a estrada nem o campo consegue cativar, depois tudo muda. O piso torna o rodar suave e a paisagem vai-nos seduzindo. A praia, a falésia, o pinhal, uma urbanização de férias, uma pequena localidade, mais estrada, pinhal e mar.

Momentos de descontracção em Pedrogão
Algumas localidades são muito agradáveis e as respectivas zonas centrais, pequenas mas acolhedoras, dão-lhe um toque familiar. Aliada às cores claras das casas, o mar parece por vezes misturar-se, outras contrastar com tamanha alvura.


A caminho do faro da Nazaré, e do forte de S. Miguel mandado
construir na época de D. Sebastião

São Pedro de Moel e o Sítio da Nazaré são dois desses locais fascinantes. O primeiro com acesso, à praia através do centro que está envolvido pelo casario que trepa a falésia, e o segundo pela riqueza do património – museu e igreja – e ainda pelo acesso ao famoso “canhão da Nazaré”, local mítico do surf em Portugal.


No restaurante "Selva do Lena"
Contudo, chegar ao Sítio, especialmente ao farol, num domingo de manhã, e estacionar é impossível, inclusivamente meia dúzia de motos quanto mais quase meia centena. Por tal, demos meia-volta, desviámos para a Nazaré, perdemos o presidente e meio contingente internacional, mas conseguimos chegar todos à ”Selva do Lena”, local do almoço.

Fizemo-lo à boleia do Grande Prémio de Aragão, que terminou quando nos sentámos para almoçar. Fomos comendo lentamente como é habitual, com vista para o jardim, e só terminámos o lombo com castanhas já ia para lá das quatro da tarde.


Vídeo do passeio em, 
https://vimeo.com/191204086