sexta-feira, 30 de outubro de 2015

73ª Concentração do CPEE, CASTELO DE VIDE 2015


PARA LÁ


Saímos quase ao fim da tarde, da Galp da Segunda Circular, com o Armando e a Teresa,. Seguiríamos outro trajecto caso pudéssemos escapar mais cedo, que contemplaria sobretudo as “nacionais” e ainda daria para “beber um copo” no campo.
Assim não sendo, optámos por seguir pela A1 – apanhando o habitual congestionamento da hora de ponta - e pela A23, onde paramos para um café na área de serviço de Abrantes, o que nos colocou em Castelo de Vide já ao entardecer.
Só não acompanhamos o João Rego porque até hoje não consegui identificar a resposta ao email de convite para rodarmos juntos até lá. Todavia, no regresso, já o pudemos fazer durante todo o caminho.

MEDITAÇÕES

Quando a tranquilidade, a escala e a graça da natureza se juntam à extravagância, diversidade e carácter da cultura, é um luxo! Pode vir o trovão de Zeus, a inspiração das musas, as ofertas de Baco ou o canto das sereias. A tentação, o feitiço ou a provocação também expiram ou desaparecem.
Ficam espaços para abranger, novidades de pasmar, mistérios para descobrir, recantos a perscrutar, deslumbres para fruir. É um mundo fascinante que se abre como o horizonte alentejano, como o panorama desde a Senhora da Penha, como a imponência de Marvão, a emblemática Ammaia, a singularidade de Castelo de Vide, o testemunho ancestral do Menir de Meadas.

E muito mais. As pessoas entusiasmam-se, juntam-se a uns, comentam com outros, divertem-se e regozijam-se. Pegam nas motos como se fizessem parte de si, metem-se na estrada à boleia de outros, vão à descoberta desinteressados. Entram, buscam, observam, espreitam, esticam-se, perguntam, esclarecem. E sorriem. Estão felizes.
Terão vindo pelos lugares? Pelas pessoas? Pelas motos? Pelas paisagens, pela história, pela gastronomia? Pela arte, pela beleza, pelo convívio? Por tudo isto, certamente. Mas onde querem investir? Talvez tenha sido aquele o investimento: valorizar a sua felicidade. Talvez por isso, tenham andado...

POR TERRAS DE SÃO MAMEDE...


mais de seis dezenas de motos e uma centena de participantes que se reuniram em Castelo de Vide para se associarem à 73ª Concentração do Clube Paneuropean de Espanha, que juntou membros do Clube espanhol, do congénere português, do GAPE e ainda convidados dos organizadores, os portugueses Luís Cravo e Manuel Arez.
Apesar de a região não ser desconhecida para muitos, a proposta era tentadora. A primeira noite convidava a um percurso de tapas, na manhã seguinte subíamos à Senhora da Penha, rodávamos até às ruínas de Ammaia e treparíamos Marvão para almoçar e visitar o museu e o castelo.
A tarde estava destinada à passagem pelo Menir de Meada, pela barragem de Póvoa e Meadas e à visita ao museu da aldeia do mesmo nome. O jantar estava marcado para Castelo de Vide, que percorreríamos no dia seguinte, com visita à sinagoga e ao castelo. O almoço e final da Concentração teriam lugar em Portagem à beira do rio.

NOITE DE TAPAS


Porém, poucos sabiam que a recepção na Praça D. Pedro V teria como anfitrião um pórtico alusivo ao evento e que dava passagem às motos que ficariam estacionadas em redor da praça principal da urbe. A maioria dos participantes estava alojada no Hotel Sol e Serra, situado perto do centro e do circuito de tapas que envolvia seis estabelecimentos, onde se podia tapear desde “peixinhos da horta” ao queijo de Nisa e de Castelo Vide, passar pelos enchidos e terminar com sobremesas típicas da região.
Foi uma maneira agradável de preencher os principais bares da zona central com os participantes, fáceis de reconhecer pela animação ou pelas primeiras lembranças do evento, camisolas alusivas à Concentração que descobrimos nos quartos. Estava entregue o cartão-de-visita do evento.
Aproveitamos estar todos no mesmo hotel e não foi difícil juntarmos o Fernando Pinto e a Manuela, para iniciar um périplo CPEP pelos bares das tapas. Curiosamente, fomos notando significativas melhorias na qualidade e quantidade do serviço e dos produtos à medida que íamos passando de bar em bar, tendo ficado com a ideia que devíamos ter começado do fim.

HORIZONTES DA SENHORA DA PENHA




A manhã seguinte recebeu-nos com uma temperatura estival. Saímos em grupo do hotel e alguns já prescindiram dos blusões. Como é habitual nestas circunstâncias que envolvem muitas motos, a organização contava com um staff dedicado à orientação do trânsito nas situações mais prementes, bem como com briefings pontuais.
Trepámos à Senhora da Pena por entre o arvoredo frondoso que empresta ao ambiente o epíteto de Sintra do Alentejo. À medida que íamos subindo percebia-se melhor o rigor da planície em redor e da distância majestosa até onde a vista alcança.
Andámos pouco. Estacionámos as motos num parque de terra batida que fica no sopé de uma escadaria que leva ao miradouro. No cimo, uma pequena ermida alva domina o cume, rodeada pelas fragas cínzeas e por um panorama que vai até Marvão em horas onde o sol não está no mesmo caminho.
Escalamos com ganas. Lá em cima, a ermida gaba-se dos mais de quatrocentos anos de vida e os azulejos regozijam-se dos seus três séculos. Do cimo olhamos em redor, afinamos o olhar, enchemos a alma e apaixonamo-nos pelo lugar. Valeu a pena a subida (o sacrifício). Descemos apaziguados.

MEMÓRIAS E TESTEMUNHOS ROMANOS


Voltamos às estradas de São Mamede, a bailar entre penhascos com o olhar estasiado na planície. Por instantes, ao longe, a montanha aparece recortada no céu em traços rudes, acinzentados, mal definidos, mas com a claridade da manhã a iluminar-lhe a silhueta.
Pouco depois, entramos numa quinta, andamos sobre terra batida e paramos num terreiro perto de onde há vinte séculos florescia a mais importante cidade romana da região do actual Alto Alentejo. Estamos em Ammaia.
São cerca de 25 ha. Abandonadas as escavações durante alguns anos, hoje a maior parte da cidade – 99% encontra-se soterrada! -, já está mapeada percebendo-se facilmente a sua enorme dimensão e a irrepreensível distribuição urbana. Esta epígrafe estava a servir de soleira na quinta...
A grandiosidade do 'municipium' mas sobretudo o seu poder económico percebe-se nos testemunhos de abastança reconhecidos nos produtos que importavam, na qualidade dos mármores, nas lápides, na opulência dos vidros.
Alguns desses mármores foram deslocados para o castelo de Marvão. Outros, estavam a servir de soleira na quinta. Surpreendente é também o excelente estado de conservação das peças em vidro, de cujo espólio está apenas mostrada uma ínfima parte.
No exterior, as duas torres que vigiavam as antigas portas da urbe dão uma boa ideia da dimensão das muralhas. Logo a seguir surpreendemos o lageado que leva ao fórum, situado do outro lado da estrada nacional (que corta o complexo arqueológico).
A visita guiada levou-nos para o fórum e para o templo. Estavam a decorrer escavações para colocar mais algumas décimas da cidade a descoberto. Entretanto, também nós íamos descobrindo pedaços do passado, aqui e ali. Aliás, não era difícil achar cacos de telhas romanas sob os nossos pés.
Entretanto, durante a amanhã, juntar-se-iam à caravana o Pedro de Jesus e o Arlindo, que depois estariam connosco à mesa em Marvão, numa mesa exclusiva do CPEP, onde só entre nós é possível perceber reflexões e interpretações dedicadas da vida do Clube.

MARUÁN


As atalaias iam-se estendendo ao longo das antigas fronteiras. Os castelos multiplicam-se nos sítios mais altos: Portalegre, Alegrete, Castelo de Vide, Monforte, Elvas, Arronches. São as sentinelas da raia. Mais um testemunho da importância remota da região.
O rochedo de Marvão vê-se desde a planície de Ammaia. Não está longe. E são cerca de oitocentos metros de altitude. É impossível não ver, não ficar abismado. Só lá em cima, depois da Porta de Ródão fendida na muralha se vão percebendo as casas alvas, baixas, ponteadas de pedra.
Escalamos através de ruas estreitas. Em alguns sítios, parece que não cabem duas motos lado-a-lado. Seguimos rigorosamente o lageado que se estende a meio das ruas, quase a lembrar que na era medieval era por ali que corria a água e os dejectos.
Quando chegamos ao topo as Pans já estão quase todas alinhadas junto dos passeios pétreos, rijos e torcidos. Entramos na Câmara local para ser recebidos pelo respectivo presidente e pelos organizadores do Passeio. Agora, é Marvão que interessa e que se interessa por nós.
Exalta-se a história e distingue-se a diversidade do ambiente. Salientam-se os valores e as vantagens, os pontos de importantes e o que é importante para Marvão e para os visitantes.
Entre as lembranças que recebemos, consta no livro, "O Foral Manuelino de Marvão", na página referente ao primeiro Foral de Marvão, outorgado por Sancho II,  uma nota curiosa no que toca a impostos: "E quem furtar pagará nove por cada um: e dos nove sejam dois para o lesado e os outros sete para o fisco".
Demos meia dúzia de passos e entramos no museu, que mostra um pouco de tudo o que a região testemunha, do pré-histórico à idade moderna. Está instalado numa antiga igreja – cuja arquitectura e decoração o valorizam – e organiza-se em três núcleos, arte sacra, arqueologia e etnografia. 
Depois, a imprescindível visita ao castelo de finais do século IX. Após a entrada começamos pela cisterna de tecto abobadado, uma das maiores existentes em castelos portugueses.
Mais à frente, o pátio de armas estende-se até à alcáçova. Mostrava uma exposição de esculturas em ferro de uma artista local. Por lá, já era notório o alvoroço de alguns insectos que esvoaçavam em bandos caóticos.
O acesso à torre de menagem faz-se por um pátio rodeado por antigos paióis e armarias. Das ameias da alcáçova a vista vai até onde quisermos. Talvez por isso, José Saramago tenha escrito que “de Marvão vê-se o mundo”, no seu livro, Viagem a Portugal.
Do cimo das muralhas percebe-se o perfil esguio da urbe que se estende para sul sobre o cume e a vertente leste do rochedo. Apesar de a temperatura ter ultrapassado os trinta graus, lá em cima soprava um aligeira brisa que aliviava alguns que não haviam prescindido dos fatos de cordura.
Apesar dessa ligeira aragem, a bicharada alada não parou de esvoaçar e de se colar às camisolas, com alguma insistência nas brancas dedicadas ao Passeio. Disseram-nos que aqui as bichas-cadela, uma espécie de corta -camisas (se não forem iguais…), têm asas e voam.
 Para o restaurante Varandas do Alentejo vamos pelas vielas marvanenses até chegarmos à Praça do Pelourinho. Passamos por um simpático lounge virado a nascente, descemos escadinhas, viramos no chafariz e chegados ao restaurante subimos ao primeiro andar.
A proposta é começarmos com pezinhos de coentrada, enchidos alentejanos e queijo de Nisa. Ficamos bem. Depois, o prato de eleição é perna de porco, além de uma sugestão de bacalhau em azeite com espargos silvestres. Pratos para apaixonarem portugueses e espanhóis.
Voltamos à Câmara, fizemos fila e entregamos um inquérito da Dunlop. Além de documentação sobre Marvão, recebemos um manómetro dedicado a verificar a pressão dos pneus da Pan.
Regressamos às ruas empedradas reféns das casas perfeitamente caiadas. Com as motos a estenderem-se desde o terreiro da Câmara até à Porta de Ródão, em toada lenta. Fica estreita a passagem, mesmo a pé. Próximo destino: menir de Meadas.

O MENIR, A BARRAGEM E O MUSEU


A estrada é estreita mas o piso está bom, excelente para rodar em caravana. O asfalto deixou-nos a meia centena de metros do menir. São quatro metros de altura de pedra que pesa cerca de quinze toneladas. Tem mais de três mil anos seguramente e a habitual forma fálica. É o maior exemplar monolítico da península Ibérica. 
A forma do menir não deixa dúvidas. É inevitável não tecer comentários circunstanciais, fazer análises comparativas ou arriscar uma ou outra experiência mais sensual. Nisto, portugueses e espanhóis estão de acordo. É verdade que as classificações ajudam a organizar o caos, mas não deixa de ser curioso continuar-se a falar de pré-história, como se a história não tivesse deixado vestígios de si ao longo da existência humana. O menir está lá como prova e testemunho.
O convívio voltou nas margens da barragem de Póvoas e Meadas, local destinado a uma das fotos de grupo do Passeio. E foi próximo de uma nova estrutura fálica, esta mais estilizada, que posamos à vista das águas tranquilas da barragem.
Regressamos às motos e voltamos às estradas que sulcam os campos de São Mamede. Vamos ao longo de vinhas, pomares e prados. Os castanheiros espraiam-se a espaços deixando o campo aos calhaus que surgem em maior quantidade e dimensão.
O Museu de Póvoas e Meadas, recebeu-nos com um lanche que incluía enchidos e queijos e um vinho branco frutado que compensou o calor que ainda se fazia sentir. O museu mostra peças de arqueologia e etnologia e está situado num solar do século XVIII, em pleno Largo do Rossio, onde se destacam outros edifícios de traça antiga.
As Pans estenderam-se a longo dos passeios e as pessoas aproveitaram a tranquilidade da vila cujo nome completo é Nossa Senhora da Graça de Póvoa e Meadas, para trocar impressões.

NOITE DE CHARANGA, SORTEIO, HOMENAGEM E CONVÍVIO


Deixámos a vila rumo a Castelo de Vide. Lá perto, reconhecemos a sua silhueta dourada pelo sol poente. Trepamos para centro histórico quando uma caravana de carros clássicos deixava a vila.
A maioria dos participantes deixaram as motos na praça central. Na chegada aos quartos, esperava-nos mais uma surpresa: novos pólos identificados com a sigla “Paneuropean”. Se bem que durante o dia havíamos utilizado as camisolas alusivas ao Passeio, no dia seguinte seriam este pólos a identificarem os participantes.
E foi ao som de uma charanga local composta por jovens que deixamos o hotel. O grupo liderou-nos até à praça central de Castelo de Vide, em jeito de aperitivo diferente e divertido que nos levou até ao restaurante D. Pedro V.
Batemo-nos com um excelente cabrito de cachafrito, um prato típico da zona, e fomos trocando as primeiras impressões sobre o passeio, envolvidos pela soada de conversas que só portugueses e espanhóis conseguem criar nestas ocasiões.
Mais tarde teve lugar uma homenagem ao curriculum motociclístico da Gracinda Ramos - uma viajante de moto inveterada que nos brinda habitualmente com descrições excelentes das suas navegações motociclísticas - e que recentemente regressou de uma viagem à Rússia - tendo recebido das mãos do presidente do CPEE uma placa comemorativa.
Logo após, Paco Esteban, presidente do CPEE, agradeceu aos organizadores portugueses, Luís Cravo e Manuel Arez, pelo esforço e concretização do Passeio, e não deixou de nos incentivar a estar presentes no Gathering de 2016, que será realizado pelo Clube espanhol. O presidente do CPEE distribuiu ainda um conjunto de elementos de divulgação do Gathering do próximo ano e autocolantes do Clube espanhol reforçando a ideia de os “iberos têm de ser mais do que os ingleses naquele evento".
Os organizadores portugueses tiveram oportunidade de retribuir, agradecendo a presença dos participantes, bem como às entidades que apoiaram o evento, formulando também votos de boa viagem a todos os partiriam cedo no dia seguinte.
Houve ainda tempo para efectuar um sorteio onde todos receberam um brinde oferecido pelos patrocinadores, tendo ido para Espanha os dois últimos, um capacete e um par de pneus para a Pan. Já passava da meia-noite quando deixamos o restaurante.
Entretanto tive oportunidade para conhecer o meu homónimo do GAPE, Carlos Cordeiro evidentemente, possuidor de uma STX preta, o que não invalidou termo-nos levantado em simultâneo quando nos chamaram durante o sorteio.

POR CASTELO DE VIDE


Subimos os degraus do edifício da Câmara de Castelo de Vide para uma sessão de boas-vindas que ficou a cargo de um dos vereadores da edilidade, mas onde houve ainda lugar para o agradecimento do presidente do CPEE e dos organizadores do Passeio.
No final da sessão, o antigo presidente da Câmara da vila, Carolino Tapadejo, brindou-nos com uma estória extraordinária, de uma judia idosa e doente de Ismirna (Turquia) que, este ano, quis regressar à terra de origem dos seus antepassados que haviam sido obrigados a fugir durante o período da Inquisição. Fê-lo também para deixar ao antigo presidente da Câmara uma chave, a chave da casa dos seus antepassados, um objecto com mais de 500 anos.
Pouco depois, demos início ao passeio por Castelo de Vide, ainda com o significado daquele gesto na memória, sempre acompanhados pelo senhor Carolino, um guia excelente no que diz respeito á vida da comunidade judaica local.
Foi com ele que seguimos para a igreja matriz onde nos chamou a atenção para o corrimão em ferro que a rodeia ter sido obra do seu pai, como comprova o anagrama lá gravado. Continuamos, agora pelas ruas estreias e íngremes que levam à sinagoga.
Há anos, a sinagoga não passava de duas salas pequenas. Hoje, com o empenho do senhor Carolino a sinagoga merece uma visita, quer pela sua arquitectura, quer pelos conteúdos históricos, religiosos e simbólicos que encerra.
Continuamos para a fonte da vila, uma obra com mais de cinco séculos construída pela comunidade judaica, onde o nosso guia nos incentivou a beber a água fresca e límpida, uma ideia refrescante para combater o calor que já se fazia sentir.
Ali perto, ainda existe a casa onde moraram os pais do filósofo Espinosa. Em outra das ruas que saem da praça onde está a fonte, vistamos a oficina de ferreiro, propriedade dos pais do senhor Carolino, que é hoje um museu. Mostrou-nos entre outras peças uma, um maçarico de fabrico alemão com meio século, que ainda tinha gravado a cruz suástica.
Escalamos de novo as ladeiras que vão dar à praça D. Pedro V e juntámo-nos para partir daí para o local de almoço. Antes, porém, todos posamos para uma foto individual e uma foto de grupo.

Primeiro, o grupo feminino e, depois, o grupo masculino. O grupo feminino incluía duas condutoras. Logo após, foi a vez de posarmos, moto a moto, sob o portal que nos havia acolhido na vila que estávamos preste a deixar.
Durante a sessão fotográfica fui surpreendido por um dos participantes espanhóis que me assegurou lembrar-se de mim num qualquer passeio espanhol. Passámos em revista alguns, mas só na despedida do almoço me lembrei do médico osteopata de Valladolid com quem almoçamos em Albacete, na ida para o 1ª Arco do Mediterrâneo, em Abril de 2008…

ALMOÇO EM PORTAGEM


Durante a manhã, juntou-se mais um elemento do CPEP, o Mário Louro. Foi atrás dele que fizemos os escassos e derradeiros quilómetros até ao restaurante, porém percorridos numa daquelas estradas tradicionais alentejanas, com árvores na berma e tronco pintado com uma faixa branca.
Daí a pouco chegávamos ao restaurante Zé Calha, em Portagem, onde nos esperavam umas bochechas de porco feitas à moda da casa. De notar o curioso e desafiante trajecto desde a rua ao local de estacionamento, onde andamos por cima de estreitas pontes e ao longo de um degrau de um anfiteatro.
Deixamos o restaurante, despedindo-nos desta vez de portugueses e espanhóis. Ficamos com excelentes recordações dos locais onde estivemos, das visitas que efectuamos, dos eventos realizados e das pessoas que nos acompanharam.

O vídeo em, https://vimeo.com/194668903

E, quando tal acontece, é normal regressarmos a casa com vontade de retornarmos à estrada em boa companhia, para novos percursos e à descoberta de novos sítios, onde possamos ser felizes. E aqui ficam as imagens de com quem privamos mais tempo.








Nota: O texto em azul corresponde a algumas adendas à versão "oficial" que será publicado em facebook e/ou no site do CPEE. Algumas das imagens fixas aqui postadas foram captadas por um drone, fazendo eventualmente parte de um pequeno vídeo que está disponível no Youtube, em https://www.youtube.com/watch?v=tRbCCBS421Y