Aproveitámos o dia seguinte para darmos seguimento aquela animação. Optámos pela auto-estrada, rumo a Meknes, onde estava previsto um almoço que augurava animação. O acesso à cidade que já foi capital do reino no século XI, está muito facilitado pela proximidade da auto-estrada que liga Fez a Marraquexe. Tal como anteriormente, não tivemos problemas em chegar ao centro, e foram as extensas e elevadas muralhas que serviram de anfitriã à nossa entrada na cidade. Em curto espaço de tempo, chegámos à Bad Mansour onde, há 3 anos, pousámos para várias fotografias de grupo. Mantém-se deslumbrante. Do lado oposto, uma praça imensa serve de átrio à medina. Entra-se por uma porta em arco, relativamente baixa, que nos incorpora imediatamente no ambiente das lojas e das bancas que já ocupam meia rua. Virámos junto de um segundo muro/muralha e percorremos uma centena de metros até voltarmos para uma rua estreita e escura, onde apenas uma placa de metal indicava existir um riad. Foi lá que nos aguardava o almoço mais divertido da jornada. Tratava-se de um espaço em tons de rosa fucsia, um pátio exíguo mas suficientemente grande para reforçar intimidades, apreciar sabores e abanar o capacete. Receberam-nos à francesa, com espumoso, e serviram-nos as entradas mais saborosas da viagem. Depois, surgiram músicos gnawa e, mais tarde, uma bailarina cintilante e um dançarino pitoresco, que contagiaram as hostes. Houve ainda oportunidade para escutar as palavras (compulsivamente elogiosas, cof!, cof!), protagonizadas pelo Mariano, de agradecimento aos organizadores da viagem, reconhecimento dirigido aos Cordeiros e aos Menaus, incluindo obviamente a Nênê. Ela retribuiu, mas nós achamos que o gozo que nos deu planeá-la já havia sido uma boa retribuição. Todos quiseram reforçar essa recompensa e aquela refeição ficou por conta dos nossos amigos.
Nem o excelente “mechoui” (borrego) impediu que a maioria fosse a terreiro acompanhar os dançarinos. Não tardou que a proprietária do riad, Karina Bouchaara, se associasse à farra. Editora do Sultana Magazine, uma publicação sobre sociedade, e ainda anfitriã de provas de vinhos, e de refeições e eventos sociais, despediu-se de todos e de cada um em plena praça fronteira à Bab Mansour, não sem antes se fazer fotografar junto das motos.
Música: Passport, Happy Flight
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