Fez é extensa. Era de esperar que, a chegada ao hotel, situado já próximo de El Bali, a zona antiga da cidade, iria ser complicada. Mas a chegada acabou por me lembrar a que havia protagonizado há cinco anos com o Paulo Mafra, quando lá entrámos pela primeira vez. Fruto das circunstâncias, havíamos recorrido a um indivíduo montado num Mobylette. Desta vez, a cena repetiu-se. O “nosso” homem levou-nos ao hotel e também tinha um parente que era guia oficial. Eficiência.
A parte nova de Fez é relativamente aberta, dispõe de algumas avenidas espaçosas, mas o trânsito, principalmente na hora de ponta, é colossal. Apesar de informados, é sempre com admiração e gáudio que assistimos às tangentes dos “petit taxi” que avançam por tudo quanto é sítio, inclusivamente sobre o espaço que está (aparentemente) dedicado aos que vêm em sentido contrário. Porém, tudo parece correr bem. Não assistimos a um único acidente, embora fossemos obrigados a travar para deixar passar quem vinha de frente na nossa faixa de rodagem…
Surpreendente, todavia, foi o acolhimento no hotel Menzeh Salagh. Só a recepção deslumbrava, com uma vidraça a mostrar toda a extensão da medina ao entardecer. Porém, havia sido uma falsa abordagem e, pouco depois, exilaram-nos para um “anexo”… que, por fora, não inspirava grande confiança mas que, por dentro, mostrava que tinha sido recente mas não completamente renovado.
Novidade deste ano: a oferta de um chá à chegada aos hotéis mais emblemáticos, que bebíamos com prazer enquanto preenchíamos a famigerada ficha de cliente. Neste, porém, bebemos o pior da jornada. Premonitório? Talvez, já que, a partir dali, as queixas multiplicaram-se: a porta da casa de banho não fechava, a misturadora não tinham chuveiro, o tubo do secador estava roto, o colchão afundava-se na cama. Isto no nosso quarto. Em outros, não havia sabonetes. Algumas reclamações foram atendidas, outras não, ao sabor de uma indiferença que desconhecíamos. Uma pequena desgraça.
Música: Spin Artes - Zamocles Curse
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