É relativamente recente, mas já muita gente conhece e percorreu o trilho dos “7 Vales
Suspensos”. São cerca de seis quilómetros, desde a praia da Marinha até à praia
do Vale de Centeanes. O percurso vai praticamente sempre junto à falésia.
Raramente se deixa de ver o mar.
A designação “vales suspensos” foi bem conseguida. Há um conjunto de linhas de água, criados sobretudo pela erosão e avanço do mar, que fendem as arribas e em cujo leito as águas se precipitam no mar. São esses vales que obrigam a uma ou outra escalada mais íngreme.
De volta ao topo da falésia, o trilho segue o recorte da costa com piso
acidentado - alguma vegetação rasteira (a contrastar com os vales, onde é mais
alta), pedras soltas, outras incrustadas, além de raízes de árvores - mas
relativamente plano.
Pelo trilho há miradouros, um farol, bancos em madeira e uma área de
pic-nic. A zona dos algares, poços que levam a cavidades subterrâneas, é das
mais interessantes do trajecto. Em alguns, é mesmo possível entrar de barco,
actividade observável desde a falésia.
Mais abaixo da falésia há enseadas, arcos, praias, grutas, algares e
ilhotas. Apesar de haver várias praias durante o percurso, apenas as do início
e fim, bem como a do Carvalho – que possui um acesso curioso através de túnel
na rocha - e a de Benagil, têm uma dimensão espaçosa.
Apenas existe abastecimento, café e restaurante, na praia do Benagil. Neste
Verão, o areal estava pleno. Praticamente um terço da praia destina-se ao
acesso aos barcos que navegam na costa e/ou vão às grutas. Na estrada o espaço
de caminhada não é muito amplo.
Já na praia do Carvalho – a tal de acesso através de túnel, pessoa a pessoa
– o espaço é suficiente para apanhar sol e experimentar
um mergulho, quer desde a areia, quer da falésia onde, de um lado e de outro,
os mergulhadores formam fila.
Praia da Carvalho |