Saímos de Cardona para visitar a Plaça Major de Vic, cuja característica diferente das congéneres é possuir a parte central em areia. Continuamos para o medieval em Besalu, onde surpreende a ponte de entrada no burgo e terminamos na maior marina da Europa, Empuriabrava.
VIC MEDIEVAL
De Cardona a Vic é um instante. Paramos apenas para reabastecer quem ainda não o tinha feito, passamos Manresa e chegamos a VIC para visitar a Plaça Major. Como o GPS é desembaraçado vai-nos orientando para dentro da zona histórica o que faz com que andemos às voltas, mas vamos também tendo contacto com a parte antiga.
Quando já havíamos estacionado em cima do passeio, pertíssimo da praça, disseram-nos que ali era proibido. Dir-se-ia que em matéria de atenção às motos, ali era outra Catalunha. Mas lá nos distribuímos pela rua adjacente e até por um parque subterrâneo.
A praça é praticamente quadrada e tem arcadas em toda a volta. Tem a particularidade do piso central ser em areia o possibilita a colocação de bancas e a realização de feiras, concertos, mercados ou exposições.
Por baixo das arcadas e em redor de toda a praça há lojas comerciais, cafés e restaurantes. Num dos lados da praça encontra-se o edifício da Cãmara datado do século XIV. Há outras casas dos séculos XVI e XVII, além de outras dos século XIX e de princípio do século XX.
A partir da praça saem ruas estreitas, na maioria pedonais, rumo à zona histórica que reúne testemunhos que vão da idade romana à era moderna. Ali destacam-se sobretudo o templo romano e a catedral do século XI que até hoje foi alvo de diversas actualizações arquitectónicas.
Terminámos o périplo pela zona histórica de Vic, sentados ao sol numa das esplanadas da praça, logo após termos posado com o mais famoso “esquivamosques” da cidade, uma figura fantástica e festiva, também algo grotesca, destinada a proteger as crianças dos gigantes.
NA PONTE DE BESALU
Pouco mais de meia hora depois, estávamos à vista da ponte que nos daria acesso imediato ao restaurante. Porém, estava em obras e fomos obrigados a voltar à via rápida e dar a volta pelo campo para lá chegar, quando estávamos a cerca de meia centena de metros do restaurante.
Entramos no restaurante Castillo de Besalu, com aquela meia hora de atraso habitual, e fomo-nos sentando à vista da outra ponte, esta em estilo românico datada do século XII que cruza o rio Fluvia e que dá acesso ao burgo medieval de Besalu.
Depois de desfrutarmos da vista e da refeição, sob uma temperatura óptima patrocinada pelas árvores que nos protegiam do calor, foi a vez de atravessarmos a ponte medieval, passarmos sob a torre de portagem e entrarmos em pleno burgo.
Ruas e casas em pedra, lojas com produtos típicos e artesanais, vias estreitas e pequenas praças com casas antigas onde o românico e o gótico se misturam. O centro de Besalu é acolhedor e dispõe de dois restaurantes com vista para o rio e para a provecta ponte.
Voltamos ao restaurante para recolher os blusões e os capacetes, regressamos à via-rápida e daí a pouco estávamos em Figueres, onde andei á procura do hotel Pireneos depois de ter passado pelo edifício e o GPS me indicar que ficava em sentido contrário.
NA MAIOR MARINA DA EUROPA
Deixamos a bagagem no hotel e voltamos à estrada, desta vez rumo a Empuriabrava. Após uma boa dezena de rotundas eis-nos na maior marina da Europa. Da avenida principal saem diversas ruas perpendiculares, com moradias ou prédios baixos com acesso directo ao braço de mar que lhe corresponde.
É possível sair de casa e entrar no caiaque, no barco ou na moto de água. Aqui e ali, há estabelecimentos ligados à actividade náutica, restaurantes, cafés, lojas de com artigos de praia. E espaço suficiente para estacionar, pelo menos nesta altura.
O branco das casas e o azul esverdeado da água dominam o ambiente. Possui uma praia extensa, embora com areia escura e não muito fina. Os valores mensais de aluguer não são muito elevados, preços que estão em linha com a idade do complexo turístico.
MATRAQUILHOS E GUINESS
Saímos para Figueres e jantamos no hotel. À noite, tal como em Cardona, não havia muita gente na rua, embora ao fim do dia a Rambla central estivesse repleta de pessoas nos usuais petiscos antes de jantar.
A opção foi para um pequeno passeio na zona antiga e para um copo num pub irlandês. Aí houve competição de matraquilhos, um Portugal-Espanha onde a equipa de Figueres tinha um titular do Barcelona, ou coisa do género, e o resultado não nos foi favorável.
Até porque era preciso manter a forma para, no dia seguinte, fazer a primeira visita a Dali. Sendo um dia de trabalho e provavelmente também pela proximidade de França, as ruas estavam praticamente vazias, quando regressámos ao hotel por volta da uma da manhã.
O dia em imagens, em
https://vimeo.com/170532966