Um excelente sítio para passear. Muito próximo do Lourel, Sintra, de onde dá para ir a pé. Pertenceu a Gaspar Gonçalves, um cavaleiro da Ordem de Cristo, a quem o rei Manuel I concedeu alvará e brasão de armas. Estamos na Quinta de Ribafria.
A quinta estende-se por 13 hectares. Há jardins e floresta, sendo esta última maioritariamente em declive. Uma pequena ribeira, acompanha o trilho que leva ao solar. Até lá, são as flores campestres que dominam.
Estamos no início de Maio, ainda com a Primavera a animar o ambiente. Mas, também há árvores de grande porte, incluindo sequóias centenárias. Sobretudo na zona do bosque, há árvores e arbustos que fecham os trilhos.
Há abrigos para gatos e para aves, bem como bancos de jardim distribuídos pelo caminho. Muito úteis - o dia está a quecer rapidamente - as sombras ajudam a avançar. Mais próximo do solar, o espaço abre-se para um jardim de buxo.
E surge o Paço de Ribafria, com a sua singular uma torre, encontrando-se também um escudo esculpido em pedra, uma fonte, um nicho, estátuas, um tanque enorme (espelho de água) e uma magnífica cisterna com uma abóbada de cantaria.
Trata-se de um pequeno palácio em estilo renascentista, ainda possui alguns baixos relêvos herdados do século anterior. E, o que achei mais insólitos, foram as ameias em estilo mudejar, raríssimas de encontrar em Portugal.
Perto, estão alguns engenhos antigos, sendo que a nora está excelentemente recuperada. Protegida por uma cerca parece estar uma espécie de poço contíguo a uma fonte.
Mais à frente, o jardim mistura-se com o bosque, que trepa a colina. A meia colina, existe uma mina de água / capela decorada com painéis de azulejos azuis e brancos.
Deixamos o bosque, onde os trilhos são acessíveis. Em baixo, vamos ao encontro do rio Colares. Antes, uma alameda leva a um conjunto de estátuas que, suponho, estiveram já expostas no Passeio do Duche, na vila de Sintra.
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