sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

GP Portimão 24


Autódromo Internacional do Algarve, próximo de Portimão, quase 4,5 kms de pista, 15 curvas, uma recta com quase um quilómetro de comprimento, um perfil ondulado com subidas e descidas. E muito mais.

Estamos em Março. O tempo está bom, mas há poeiras no ar. Para lá, é a costa que chama à calma, por Vila Nova de Milfontes - há anos, um paraíso catita - ao longo de um dos troços mais giros da costa portuguesa.

Rumo ao IC1, dá para rodar devagar e passar à beira dos ninhos de cegonhas. Depois, é continuar até à "serra", com pouco trânsito, entre as colinas, com piso razoável, até à planície algarvia.

E ainda, passar pela praia e por uma Albufeira a descansar do Estio. Há algumas motos no trajecto, as suficientes para saber que há evento por perto. Sábado há treinos e a animação instala-se até nas filas da restauração, junto à entrada principal do circuito.

 

Mas o dia seguinte promete qualquer coisa. Há sol e a malta está animada, até porque corre o nosso Miguel Oliveira. Na corrida Sprint, ficou em 12º. O melhor fica para o dia seguinte. Hoje, está feito.

O tempo e o espaço, mas sobretudo a amizade, proporcionam encontros para recordar o passado, gozar o presente e reservar o futuro. Por tal, há que aproveitar a ocasião para passar mais tempo em boa companhia.

Afinal, o sol apareceu no domingo e acompanhou os quase 115 kms de corrida. Martin, numa Aprilia, foi o primeiro a cortar a meta, seguido de Bastiani numa Ducati e de Acosta na KTM.  O Miguel acabou em 9º lugar, depois de ter estado em 6º.  

Primeira vez, um bocado "às escuras". Dimensão, acessos, estacionamento, visibilidade, e mais não-sei-quantas novidades sobre o espaço, o tempo e os imponderáveis. Neste último, as filas...

 

O sol brilhou sempre com temperaturas a rondar os 20º sobre uma multidão que se estimou em 120 mil espectadores. No final, as motos têm a vantagem de sair com mais facilidade e ganhar tempo na viagem de regresso.

 

Porém, tal só não acontece quando é preciso voltar a Faro para recuperar o telemóvel esquecido. Um atraso que viu o céu escurecer e desatar a chover. Depois, com mais intensidade, acompanhada de uma laminha celeste.

Foi preciso parar na primeira área de serviço da auto-estrada, para limpar a viseira e o vidro da carenagem. Felizmente, não foi preciso abastecer: já estavam mais de vinte motos em fila, em cada posto, para atestar.

Próximo de Setúbal, a chuva moderou-se e apenas ficou a habitual moçha-tolos. O resultado da chuva de poeira pôde ser confirmado no dia seguinte, quando se via que a cor da moto havia passado de azul a cinzento.


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