Autódromo Internacional do Algarve, próximo de Portimão, quase 4,5 kms de pista, 15 curvas, uma recta com quase um quilómetro de comprimento, um perfil ondulado com subidas e descidas. E muito mais.
Estamos em Março. O tempo está bom, mas há poeiras no ar. Para lá, é a costa que chama à calma, por Vila Nova de Milfontes - há anos, um paraíso catita - ao longo de um dos troços mais giros da costa portuguesa.
Rumo ao IC1, dá para rodar devagar e passar à beira dos ninhos de cegonhas.
E ainda, passar pela praia e por uma Albufeira a descansar do Estio. Há algumas motos no trajecto, as suficientes para saber que há evento por perto. Sábado há treinos e a animação instala-se até nas filas da restauração, junto à entrada principal do circuito.
Mas o dia seguinte promete qualquer coisa. Há sol e a malta está animada, até porque corre o nosso Miguel Oliveira. Na corrida Sprint, ficou em 12º. O melhor fica para o dia seguinte. Hoje, está feito.
O tempo e o espaço, mas sobretudo a amizade, proporcionam encontros para recordar o passado, gozar o presente e reservar o futuro. Por tal, há que aproveitar a ocasião para passar mais tempo em boa companhia.
Afinal, o sol apareceu no domingo e acompanhou os quase 115 kms de corrida. Martin, numa Aprilia, foi o primeiro a cortar a meta, seguido de Bastiani numa Ducati e de Acosta na KTM. O Miguel acabou em 9º lugar, depois de ter estado em 6º.
Primeira vez, um bocado "às escuras". Dimensão, acessos, estacionamento, visibilidade, e mais não-sei-quantas novidades sobre o espaço, o tempo e os imponderáveis. Neste último, as filas...
O sol brilhou sempre com temperaturas a rondar os 20º sobre uma multidão que se estimou em 120 mil espectadores. No final, as motos têm a vantagem de sair com mais facilidade e ganhar tempo na viagem de regresso.
Porém, tal só não acontece quando é preciso voltar a Faro para recuperar o telemóvel esquecido. Um atraso que viu o céu escurecer e desatar a chover. Depois, com mais intensidade, acompanhada de uma laminha celeste.
Foi preciso parar na primeira área de serviço da auto-estrada, para limpar a viseira e o vidro da carenagem. Felizmente, não foi preciso abastecer: já estavam mais de vinte motos em fila, em cada posto, para atestar.
Próximo de Setúbal, a chuva moderou-se e apenas ficou a habitual moçha-tolos. O resultado da chuva de poeira pôde ser confirmado no dia seguinte, quando se via que a cor da moto havia passado de azul a cinzento.
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