terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Arrábida 24

Surge uma Voge. É mais leve e mais alta do que a Paneuropean. Tem uma boa resposta, linear e potente, quando se empurra o acelerador. E, sobretudo, permite andar fora de estrada.

É incontornável, uma vez por outra. Saímos e vamos "pescando" alguns amigos. Os restantes estarão em Setúbal. Para lá, vamos apanhar filas no também inevitável IC19. Mas não só.

Não queremos andar muito em auto-estrada. Vamos por nacionais. Vai ser a N10 a levar-nos a Setúbal. Mas, para chegarmos a tempo, temos de fintar o trânsito. Também aqui e até Setúbal.

 Trepamos pela Estrada do Castelo para a fortaleza de São Filipe, entramos na muralha e estacionamos à beira  da entrada no reduto principal. É aqui que juntamos o grupo todo.

Paseamos pela fortaleza, entramos na capela decorada com azulejos e brancos e estendemos os olhos até à Península de Tróia. A vista estende-se desde os estaleiros até à Figueirinha.


 Estamos num dos miradouros mais simpáticos de Setúbal. O dia, embora não prometa, está soalheiro e não há muitas nuvens no céu. Apetece continuar pelas ameias, mas temos horário para almoçar.

Descemos para a avenida Luísa Tody e paramos as motos em frente da Biblioteca Pública Municipal de Setúbal, único lugar disponível para quatro motos. Continuamos a pé por ruas exclusivas para peões.

 Estamos quase na Adega dos Garrafões onde é habitual comermos bem. Metade conhecem, os outros passam a conhecer. Deixamos o restaurante sob notícias acerca da audição do Processo das Gémeas.

 Saímos para a Arrábida. Há muito que não andamos por lá, de moto. É também a estreia da Voge, acompanhada por amigos. E, mais. É a primeira vez que leva pendura. Praticamente, não se nota a diferença.

Passamos pela Cecil, a famosa fábrica de cimento que vai dando cabo da serra. Começamos a subir, a caminho da 7ª Bataria de Costa, uma ruína militar, com peças de artilharia degradadas.

Entramos no edifício e continua a notar-se o mau estado do interior. Subimos ao telhado e desfrutamos da tal vista panorâmica que encanta e faz esquecer a decadência do lugar.

Daí a pouco, já há mais motos no estacionamento. Saímos quando o céu começa a queixar-se de cinzento. Fazemos as primeiras curvas, pelo topo da serra, e o nevoeiro baixa irremediavelmente.

Mais à frente, já chove. É fraquinha, mas costuma dizer-se que é a pior. Serpenteamos sem pressa, desfrutando daquele ambiente panorámico. Ainda há gente nos pequenos miradouros.

 Deixamos as “mães de água”, passamos o desvio para o Portinho e seguimos para Brejos de Azeitão. A estrada já está molhada, mas parou de chover. Foi para nos despedirmos. Daí contimuámos para a Quinta do Conde. 

O trânsito apertou na N10 e voltou a chover. Por tal, a opção foi seguir para auto-estrada. E, ainda deu para um ligeiro engano na entrada da AE. Em vez de virar para Lisboa, virei para Palmela. Foi quando a chuva desatou a cair com mais intensidade.

 O dia estragara-se irremediavelmente. A chuva não deu tréguas até à 25 de Abril. De tal maneira que havia fila parada em cima da ponte. Ali, nem as pequenas scooters de entrega de refeições passavam.



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