quinta-feira, 21 de setembro de 2023

Passadiço das Escarpas, De Maceira a Porto Novo

 

Estamos na zona Oeste, no fim de Maceira. Deixamos o carro no estacionamento e confirmamos que estamos no Passadiço das Escarpas, que leva de Maceira a Porto Novo. É um troço novo que liga a localidade à praia de Porto Novo ao longo de uma pequena zona florestal e da planície aluvial.

Vamos acompanhar o percurso do rio Alcabrichel, até à respectiva foz, junto ao Hotel Golf Mar, na praia de Porto Novo. Um primeiro troço com subida ligeira e várias entradas, sempre entre arvoredo, depois uma descida também ligeira, para terminarmos a restante metade em terreno plano.

Viramos para a praia, praticamente à vista de Santa Rita. Não é mais do que um quilómetro, entre verdes, ao longo do vale do Alcabrichel. Num instante, através de um percurso tranquilo, estamos na baía da praia de Porto Novo.

Já lá vão dois séculos, desde que a praia foi palco do desembarque do exército britâncio, quando da primeira invasão napoleónica em 1807. Vimeiro, não fica longe, local onde as tropas enfrentaram o exército francês.

Ali perto, na praia da Vigiada, sem nada que a ligue (?) à Virgem dos Rochedos, um enorme rochedo alberga uma imagem da Virgem Maria. Mais abaixo, outra escultura de alguém com um manto, tem à sua frente o que parece um altar.

O mar está calmo, a areia dourada, o céu limpo. Há pouca gente nas imediações e ainda menos a vadiar na praia. É a pandemia ainda a pairar. Um barco de pesca está preste a entrar na água. Não há cafés abertos, É hora  de regressar.

Voltamos acompanhar a margem direita do Alcabrichel. Já não estamos sozinhos. Pouco mais de 500 metros e temos de trepar. Subimos uma escarpa, primeiro abrupta, depois suave. Paramos para ganhar fôlego, e damos com umas imagens arbóreas fantasmagóricas.

È o único troço “fora de estrada”, em terreno íngreme e irregular. No topo, estamos com mais de 3 quilómetros nas pernas. Porém, só este, o último a trepar, é valente. Passear, mexer pernas, excitar olhares, inspirar o espírito, surpreender novos cenários. No lusco-fusco do Convid. Done!


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