O espaço público é exíguo.
Sobretudo o espaço viário, ruas, avenidas
e passeios.
Ruas apertadas, algumas com sentido único,
confluem para avenidas de três faixas de rodagem nos dois sentidos.
Há algumas ruas destinadas apenas ao
trânsito pedestre, muitas exclusivamente com lojas ou bares.
O trânsito, especialmente fora das horas de ponta, é diminuto.
É possível que durante um minuto ou dois não passe um único veículo numa avenida.
O trânsito, especialmente fora das horas de ponta, é diminuto.
É possível que durante um minuto ou dois não passe um único veículo numa avenida.
As vias secundárias são estreitas, muitos
passeios estão marcados no alcatrão.
Só estaciona quem tiver garagem.
Ou um pátio disponível, ou acesso a
estacionamento colectivo.
Não há veículos estacionados nas ruas.
A vista vai das montras das lojas para as
flores do outro lado do passeio.
Mas há carros enfiados, literalmente, em
garagens minúsculas.
Ou garagens tão curtas e/ou tão baixas que
deixam parte do carro de fora.
O comprimento e a altura de alguns carros
é um problema.
Sobretudo, tendo em conta a exiguidade dos
espaços disponíveis.
Há medidas que surpreenderam os japoneses.
Nas avenidas, também não é fácil parar,
ainda menos estacionar.
na maioria dos casos, os lugares disponíveis estão dedicados.
Os parques encontram-se no subsolo dos
edifícios,
Muitos, com entrada e saída única (através
de elevador exclusivo).
Outros, no exterior, organizam-se em
estruturas metálicas.
Parecem autênticas construções Meccano.
A rua partilha veículos e pessoas.
Os passeios, porém, são exclusivamente
para seres vivos.
O que não quer dizer serem amplos.
Apenas nas avenidas das grandes zonas comercias ou na proximidade do palácio imperial, os passeios são generosos.
Nas zonas residenciais, basta por vezes uma faixa de um metro pintada no asfalto para indicar o passeio.
Há veículos que param durante mais tempo
na via pública.
São os comerciais e os de transporte de
pessoal.
E os que podem parar em frente das
(grandes) empresas.
Poucos. São veículos da administração e
afins.
Percebe-se pelos motoristas que aguardam
dentro de veículos topo de gama.
Na cidade, bem como nos arredores, a adaptação é a palavra-chave.
Os veículos de transporte colectivo, bem como muitos comerciais, estão adaptados à dimensão das ruas, ao número de pessoas e ás dimensões dos produtos a transportar.
Na maioria das ruas mais pequenas, a circulação é dedicada praticamente a peões.
Raros são os veículos que aí circulam.
O exclusivo vai para os de abastecimento e residentes com destino a parques ou garagens.
Na cidade, bem como nos arredores, a adaptação é a palavra-chave.
Os veículos de transporte colectivo, bem como muitos comerciais, estão adaptados à dimensão das ruas, ao número de pessoas e ás dimensões dos produtos a transportar.
Na maioria das ruas mais pequenas, a circulação é dedicada praticamente a peões.
Raros são os veículos que aí circulam.
O exclusivo vai para os de abastecimento e residentes com destino a parques ou garagens.
Vimos duas ou três em cima do passeio na zona residencial.
Mas, nas zonas nobres, poucas motos se
veem.
E não há motos estacionadas nem cima dos
passeios.
Vimos, porém, nessa área, uma pequena scooter.
Estava a ser alvo de “curiosidade” por
parte da polícia.
Em zonas residenciais, mais afastadas
do(s) centro(s),
a condescendência estende-se de acordo com
o espaço disponível.
A tolerância está de acordo com a dimensão
do veículo.
Mas, sobretudo, com o espaço disponível.
Porém, até nos arredores, na periferia de
Yokohama, por exemplo, não se viam muitos veículos estacionados em espaço
público.
Que é exíguo.
DAS PESSOAS, NAS RUAS
Há muita gente na rua.
Sobretudo às horas de ponta.
O passo é curto mas rápido.
É raro pararem, a não ser quando está previamente estabelecido.
Raros são os que andam de "cabeça no ar".
Em princípio, são estrangeiros.
Todos têm um destino, mesmo que seja uma compra, um aperitivo ou o escritório.
Há grandes aglomerados de pessoas sobretudo junto dos terminais de
transportes públicos.
Um dos mais espectaculares é o cruzamento em Shibuya Crossing, a célebre passagem de peões, onde estes se cruzam na diagonal.
Trata-se do espaço contíguo à Estação de Shibuya, onde operam quatro companhias de transportes.
Todavia, mesmo com tanta gente a atravessar nas passadeiras, praticamente ninguém se toca.
Nós passámos em Shibuya Crossing e a sensação de conforto e surpresa obrigou-nos a passar outra vez.
Parece impossível como é que as pessoas passam com tanto à vontade umas pelas outras.
E não há ninguém a deixar cair nada, a chamar o amigo na outra ponta, a virar sem aviso.
A atenção com o outro, com os demais, é de tal maneira respeitada que a dificuldade é ver a excepção.
Ou seja, a falta dela.
E quando o carácter não organiza a vida, a organização vem dar uma ajuda.
No Metro, sobretudo, deixar a via direita aberta para queira ir mais depressa ou para uma emergência, é regra.
DAS PESSOAS, NAS RUAS
Há muita gente na rua.
Sobretudo às horas de ponta.
O passo é curto mas rápido.
É raro pararem, a não ser quando está previamente estabelecido.
Raros são os que andam de "cabeça no ar".
Em princípio, são estrangeiros.
Todos têm um destino, mesmo que seja uma compra, um aperitivo ou o escritório.
Há grandes aglomerados de pessoas sobretudo junto dos terminais de
transportes públicos.
Um dos mais espectaculares é o cruzamento em Shibuya Crossing, a célebre passagem de peões, onde estes se cruzam na diagonal.
Trata-se do espaço contíguo à Estação de Shibuya, onde operam quatro companhias de transportes.
Todavia, mesmo com tanta gente a atravessar nas passadeiras, praticamente ninguém se toca.
Nós passámos em Shibuya Crossing e a sensação de conforto e surpresa obrigou-nos a passar outra vez.
Parece impossível como é que as pessoas passam com tanto à vontade umas pelas outras.
E não há ninguém a deixar cair nada, a chamar o amigo na outra ponta, a virar sem aviso.
A atenção com o outro, com os demais, é de tal maneira respeitada que a dificuldade é ver a excepção.
Ou seja, a falta dela.
E quando o carácter não organiza a vida, a organização vem dar uma ajuda.
No Metro, sobretudo, deixar a via direita aberta para queira ir mais depressa ou para uma emergência, é regra.
Na província, o espaço também escasseia.
As estradas nacionais são estreitas e as
bermas também.
Na zona urbana, a dimensão das ruas
acompanha a exiguidade do espaço.
Na zona rural, mesmo em áreas de moradias,
p.e. na montanha, não há muito espaço disponível.
Os quintais são pequenos e os acessos
estreitos.
A rua também surpreende por outras
apropriações do espaço.
Os postes exteriores com ligações
eléctricas parecem ouriços.
Parecem caóticos, aqueles novelos de fios
eléctricos.
Mas é capaz de ser funcional.
Mas é capaz de ser funcional.
Talvez até lá devem ter ligações telefónicas.
Esteticamente, porém, é capaz de ser dos ambientes menos conseguidos.s.
Outro espaço de rua que não difere dos ocidentais é o das ruas com lojas de recordações, artesanato simples e utilidades.
O modelo é semelhante ao nosso:
lojas de um lado e de outro da rua.
Takeshita Dori é um caso desses, estreita mas comprida, muitas lojas de pequena dimensão.
Aqui há de tudo, em plástico, em tecido ou
em metal, sobretudo produtos populares, pouco sofisticados.
A dinâmica da rua faz-se muito dos
compradores. Os vendedores não publicitam os seus produtos com alarde.
Nakamise Street, que dá acesso ao templo Sensoji, é especializada em recordações de Tóquio.
Já Akihabara, Shybuya, Omotesando e Ginza,
são zonas comerciais onde as lojas têm maior dimensão.
Algumas, estendem-se por diversos andares,
outras são especializadas em determinados produtos, outras reúnem-se em centros
comerciais.
Uma outra área reúne pequenas lojas
com produtos de colecção, requinte ou sofisticação, Harajuku.
O comércio desaparece em Chiyoda, por
exemplo, nas imediações do palácio imperial.
A RUA DIURNA, A RUA NOCTURNA E ENTRE AMBAS
A face da rua diurna mostra um dinamismo extremo.
Embora tudo se passe com tranquilidade,
todo o ambiente parece estar dedicada às múltiplas e contantes actividades em
que toda a agente parece estar engajada.
Não há pessoas ociosas, tarefas inúteis ou
comportamentos supérfluos.
Toda a gente parece ter um destino. Para
lá chegar, parecem ter todo o itinerário planeado.
Entre a face diurna e nocturna há um
intervalo.
As ruas transfiguram-se nesse tempo,
sobretudo de cor, brilho e luz.
As fachadas dos prédios das zonas
comerciais ganham vida.
Os seres vivos deixam de ser protagonistas
e os prédios individualizam-se.
Por vezes, é cada andar que se
personaliza.
A animação das cores, do brilho e da luz alia-se à dinâmica da hora de ponta.
O formigueiro humano junta-se ao cintilar, à diversidade e à exuberância das luzes.
E surge, por exemplo, a animação da banda desenhada tornada realidade.
De repente, uma quantidade de Mario's Bros aparece ao volante de karts nas avenidas da zona comercial.
A face nocturna da rua é oposta.
Quanto mais tarde, menor é a presença
humana na rua.
A actividade resume-se aos serviços de
conveniência, salubridade, transportes e pouco mais.
Os japoneses deitam-se cedo.
As ruas ficam desertas a partir da hora de
jantar.
Por volta das oito da noite as zonas
residenciais “fecham”.
Mas as ruas das compras continuam vivas.
Mas as ruas das compras continuam vivas.
Mesmo assim, apesar de alguma aridez humana, o ambiente continua a ser tranquilo.
O (já pouco) ruído diurno atenua-se
significativamente.
Até parece que devemos falar mais baixo,
para não incomodar.
Agora, com a noite, as referências passam
as ser as luzes.
Sobretudo, as dos edifícios mais altos.
Ou das torres.
Assim como os reclames luminosos das empresas e dos produtos.
ou a iluminação dos parques, por pequenos ou estreitos que sejam.
Nas zonas residenciais a luz vai-se desvanecendo à medida que as ruas são estreitando.
Mesmo assim, a "meia-luz", a segurança parece nunca estar em causa.
Assim como os reclames luminosos das empresas e dos produtos.
ou a iluminação dos parques, por pequenos ou estreitos que sejam.
Nas zonas residenciais a luz vai-se desvanecendo à medida que as ruas são estreitando.
Mesmo assim, a "meia-luz", a segurança parece nunca estar em causa.
É caso para dizer: só aqui!
Realmente, aqui tem de ser assim.
É preciso informar.
Tsunamis, monções, tremores de terra, são frequentes.
Por tal, há que indicar os caminhos de
fuga mais seguros.
Informação, não falta.
Desde cartazes, a letreiros luminosos, a indicações pintadas no chão.
Quando tudo parece suficiente, ainda há sinaleiros.
Basta uma pequena obra - um passeio, uma conduta, algo que obrigue a alterar caminho, e lá estão dois sinaleiros.
Um no início e outro no fim da obra.
Informação, não falta.
Desde cartazes, a letreiros luminosos, a indicações pintadas no chão.
Quando tudo parece suficiente, ainda há sinaleiros.
Basta uma pequena obra - um passeio, uma conduta, algo que obrigue a alterar caminho, e lá estão dois sinaleiros.
Um no início e outro no fim da obra.