Arte
e Motos, dois temas que se cruzam e combinam cada vez mais,
sobretudo no meio
motociclístico dos mais entrados na vida.
A arte empresta à moto o ambiente
criativo da cor,
da forma, do design, do look, do ideal.
A moto, essa, está
disponível para celebrar a identidade,
a camaradagem, a utilidade, a mudança, a
liberdade.
É
para esse conjunto de rituais
que a personalização de motos e acessórios contribuem,
moldando um estilo de vida,
mais ou menos ligado à individualidade e à originalidade.
Neste louvor da moto, mais do que a viagem, o passeio,
a concentração ou outro evento
destes tipos,
é a criatura sobretudo e o criador que estão em foco.
Trata-se
da Lisboa Arte & Moto,
um evento que teve lugar na Lx Factory, em Lisboa,
e
que ocupou dois dos edifícios situados nas traseiras da rua principal.
Não visitava o certame desde 2013.
Nessa altura, foi assim,
http://cordeirus.blogspot.pt/2013/05/art-e-moto.html.
Não visitava o certame desde 2013.
Nessa altura, foi assim,
http://cordeirus.blogspot.pt/2013/05/art-e-moto.html.
Desta feita, na Fábrica
L, estava presente a exposição,
“O Mundo das Corridas”, um recuperar da memória da competição,
com motos, vídeos, fotografias, pinturas e ilustrações alusivas ao tema.
“O Mundo das Corridas”, um recuperar da memória da competição,
com motos, vídeos, fotografias, pinturas e ilustrações alusivas ao tema.
No
Fábrica XL, o maior espaço de exposição da Factory,
destacava essencialmente as
melhores obras de transformação
– pinturas, acessórios, design – e personalização
de motos executadas por profissionais.
Entre essas, detectavam-se alguns modelos
recentes.
Viam-se também capacetes e pranchas de surf alvo de intervenção
estética,
para além de vestuário estilizado, vintage ou dedicado.
Há
também por ali um conjunto de memórias,
que datam do ressurgimento da moto em Portugal
nos anos 70.
Estão representadas sobretudo as “café racers” da altura,
mas também há
modelos sem transformações, completamente de origem,
que recordam a aventura
que era para muitos, em finais de 70,
andarem com motos consideradas “artigos de
luxo”.
Uma CF750 Four tinha ficado bem junto da Goldwing 1000 e da Guzzi Le Mans...
Fora
do recinto fechado, alinhava-se cerca de duas dezenas de motos
personalizadas pelos
proprietários, criações pessoais, recuperações ou modificações,
com mais ou
menos ferrugem, peças a mais ou a menos,
fita isoladora ou amianto, pneus “quadrados”,
bancos e faróis minimalistas.
Entrada gratuita. Há música ao vivo e de Dj.
O bar adstrito ao evento pareceu-me
exíguo,
com fila até à escada havendo, porém,
alternativas na rua principal.
Por motivo de obras, a entrada fazia-se pela Avenida da Índia,
embora travar na avenida, para depois, entrar em ângulo recto no portão,
não me pareceu muito seguro.
A alternativa obrigava também os carros a passarem pelo centro do evento,
em velocidade muito reduzida,
também em fila.
Os lugares disponível para estacionar escasseavam, mesmo para motos.
Nada
que perturbasse este festival de tendências, como se diz agora,
neste caso de
tendências urbanas contemporâneas.
Com efeito, não deixa de ser uma espécie de festa
comemorativa
de um grupo alargado de motociclistas, essencialmente citadinos, dos
que gostam,
pelo menos, de ver as propostas de customização de motos e
acessórios.
Também
não deixa de ser mais um evento/ponto de encontro de motociclistas,
diferente
do passeio ou da concentração,
que privilegia a arte e a respectiva
criatividade.
E a escolha do espaço, assim como a correspondente decoração,
onde
a iluminação se destaca, estimula também a participação no evento.
Desta
vez, a disponibilidade de tempo não foi famosa,
pelo que ficaram por esmiuçar
alguns sectores,
rever outros ou descobrir novidades.
Pareceu-me, ainda assim,
que havia mais espaço,
mais motos em exposição e mais público, do que numa das últimas
edições.
O próximo promete não ficar atrás.
O vídeo em https://vimeo.com/221202664