sexta-feira, 16 de junho de 2017

Concerto Promenade, Queluz




Ouvir música clássica ao ritmo dos passos, 
foi ideia de inglês, Henry Wood, 
conceito que privilegiava a informalidade 
de passear enquanto a orquestra tocava. 
Este tipo de concertos ficou conhecido 
pelo nome de “Concertos Promenade”. 
Há anos, a televisão portuguesa foi pródiga 
na transmissão dos Concertos Promenade produzidos pela BBC.


Foi um raro Concerto Promenade que, em Queluz,
no cenário da fachada do palácio, 
encerrou o Festival de Sintra no último domingo, 27 de Maio. 
Com a cumplicidade de uma noite amena, 
a Banda Sinfónica do Exército, com a participação do Coro Lisboa Cantat, 
passeou por obras de Tchaikovsky, Chostakovitch, 
Verdi e Rossini, entre outros.


Com a direcção do maestro Artur Duarte Cardoso, 
a Banda Sinfónica do Exército “constitui-se para além de Banda Militar, 
como um Grupo de Música de Câmara, um Quinteto de Metais 
e um Quarteto de Saxofones”. 
Talvez não seja do conhecimento geral, 
que está agregada muito perto do local do concerto, 
ou seja, no Regimento de Artilharia Antiaérea Nº1, em Queluz.


O Coro Lisboa Cantat, cuja formação data de há quarenta anos, 
actuou sob a direcção do maestro Jorge Carvalho Alves, 
que está com o Coro há cerca de trinta anos. 
A participação vocal teve ainda como solistas, 
o tenor Pedro Rodrigues, a soprano Carla Simões 
e o barítono Diogo Oliveira.


Um dos momentos mais espectaculares da noite foi protagonizado
 por diversos disparos de peças de artilharia, 
situadas no exterior e junto ao portão do quartel do Regimento de Artilharia. 
Quem estivesse na parte de trás do espaço de audiência, 
pôde virar-se para assistir a uma bateria de meia dúzia de tiros, 
cujo ritmo e estampido acompanhava a peça tocada em palco.


O espectáculo durou mais de uma hora, 
sob um céu estrelado e uma temperatura aprazível. 
Talvez não tenha estado presente tanto público 
como o que o que assistiu ao Concerto de Videomapping, 
Todavia, a plateia estava repleta e nas laterais havia muita gente.


No entanto, não estava à espera que a plateia,
com lugares sentados, fosse tão extensa. 
Por tal, parecia estar-se numa sala de concertos, 
com a plateia em frente do palco e laterais com assistência em pé. 
Dava ideia de que a tal “promenade” dificilmente seria possível, 
a não ser passeando por trás das cadeiras da plateia e da ‘regie’ do evento.


O vídeo em https://vimeo.com/220476996