Quando a voz canta, diz-se que tem voz.
Quando a voz toca, diz-se que é um instrumento.
Não será disparate dizer que a
voz é um instrumento natural.
E mais, que quando canta e toca, a voz encanta.
Tecnicamente, desconheço os padrões de aferição de uma boa voz.
Se os agudos
isto, se os graves aquilo.
Se o tom estava não sei o quê.
Mas sei quando a voz
me cativa.
Foi esse o caso.
Deixo-vos alguns minutos de vídeo e áudio.
Tratava-se do Concurso de Interpretação do Estoril, que vai na sua 19ª edição.
Concorriam, a soprano Filipa Portela, que venceu a competição geral.
Raquel Saraiva, em fagote, que ficou em 2º,
Marina Pacheco, soprano, que obteve o 3º lugar,
ex-aequo com Maria Nabeiro, violoncelista.
Marina Pacheco ganhou ainda o Prémio do Público, ex-aequo com Filipa Portela.
O evento teve lugar no Centro Cultural de Cascais, um antigo convento, entretanto recuperado.
A capela, onde decorreram as provas, ainda está sob gestão da autoridade eclesiástica local.
O Centro tem também uma gestão partilhada com a Fundação D. Luís.
Esta, é responsável pela programação do centro de exposições.
A Câmara Municipal de Cascais assegura a programação do auditório.
O meu voto foi para o desempenho vocal da Marina Pacheco.
Mas o certame tinha outras performances excelentes.
É o dilema do concurso.
E quando todos são exímios?
Ah, há sempre alguém melhor do que outro - pode-se aventar.
Sempre? Talvez não! Deve ter havido uma razão para tantos ex-aequo...
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