quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Concurso de Interpretação do Estoril


Quando a voz canta, diz-se que tem voz. 
Quando a voz toca, diz-se que é um instrumento. 
Não será disparate dizer que a voz é um instrumento natural. 
E mais, que quando canta e toca, a voz encanta.


Tecnicamente, desconheço os padrões de aferição de uma boa voz. 
Se os agudos isto, se os graves aquilo.
Se o tom estava não sei o quê.
Mas sei quando a voz me cativa.
Foi esse o caso.
Deixo-vos alguns minutos de vídeo e áudio.



Tratava-se do Concurso de Interpretação do Estoril, que vai na sua 19ª edição.
Concorriam, a soprano Filipa Portela, que venceu a competição geral.
Raquel Saraiva, em fagote, que ficou em 2º, 
Marina Pacheco, soprano, que obteve o 3º lugar, 
ex-aequo com Maria Nabeiro, violoncelista. 


Marina Pacheco ganhou ainda o Prémio do Público, ex-aequo com Filipa Portela. 
O evento teve lugar no Centro Cultural de Cascais, um antigo convento, entretanto recuperado.
A capela, onde decorreram as provas, ainda está sob gestão da autoridade eclesiástica local.


O Centro tem também uma gestão partilhada com a Fundação D. Luís. 
Esta, é responsável pela programação do centro de exposições.
A Câmara Municipal de Cascais assegura a programação do auditório.



O meu voto foi para o desempenho vocal da Marina Pacheco. 
Mas o certame tinha outras performances excelentes. 
É o dilema do concurso. 
E quando todos são exímios? 
Ah, há sempre alguém melhor do que outro - pode-se aventar. 
Sempre? Talvez não! Deve ter havido uma razão para tantos ex-aequo...

Vídeo