"Ser ou não ser, eis a questão”, é uma frase icónica pertencente à peça Hamlet, de Shakespeare. Foi, também, a espoleta de uma tarde tão criativa como divertida, no anfiteatro do Teatroesfera, em Queluz.
Teatroesfera é um sítio simpático, onde vamos de vez em quando assistir a uma peça de teatro. A primeira foi “O Sangue”, de Bernardo Santareno e, a última, foi "Ser ou Não Ser Shakespeare", um espectáculo de improviso protagonizado pelos “Instantâneos”.
O original, um monólogo em que o principe Hamlet (da Dinamarca) busca vingança pelo assassinato do pai e pondera se é mais nobre suportar as dificuldades da vida ou lutar contra elas até a morte. 
Com base na peça original, até mesmo vestidos com figurinos de época, os actores entram em diálogo com o público, escolhem uma pessoa da assistência a quem pedem um mote e, a partir do tema, começam o improviso.  
Ao princípio, quando estão a criar o esquelo da narrativa, ainda parece que a sequência terá alguma colagem ao original mas, embora seguindo um fio condutor próximo, não tarda a que os papéis se confundam, os géneros se baralhem e a confusão impere.
Cada um assume um papel e atitudes que parecem embaraçar os outros, provocando reacções divertidas e obrigando todos a (re)criar imediatamente respostas espontâneas também divertidas.
A linguagem teatral e a improvisação fazem o resto. O resultado é de uma comicidade singular que se vai passando à plateia. Segundo os próprios, uma peça “cheia de trejeitos de época, amores impossíveis, collants e muito sangue falso á mistura”.
Neste dia, tal como em outras ocasiões um pouco por todo o concelho, o espectáculo foi dedicado a munícipes com mais de 55 anos. O grupo de actores, Os Instantâneos, dirigido por Marco Graça, que integra o grupo, conta também com Marco Martin, Nuno Fradique e Ricardo Soares.








Sem comentários:
Enviar um comentário