quarta-feira, 4 de abril de 2018

Instantes de Frankfurt



O avião não nos leva de uma vez.
Para chegar ao Japão é preciso fazer, pelo menos, uma escala.
Uma escala que divide a viagem.
A primeira parte levou-nos à Alemanha.
Aqui, coleccionamos momentos.
Daí, Instantes de Frankfurt.


Em Lisboa, fomos os últimos a embarcar.
Nunca tanta gente entregou tantas malas nos superlotados balcões de partida.
Nunca tanta gente foi revistada por tão poucos seguranças.
Nunca tanta gente esteve á nossa frente para embarcar.
Talvez não tenhamos sido os únicos a ouvir: “o embarque já está fechado!”.
Todavia, este primeiro instante de instabilidade
seria compensado por um voo sereno.


Acabamos por ser levados ao avião num autocarro praticamente “privativo”.
Passadas três horas, estávamos em Frankfurt.
Para lá, voaríamos por cima dos Pirenéus e das planícies do nordeste francês.
Saímos com atraso, mas chegámos a tempo.
Teríamos cerca de oito horas para conhecer a cidade.

 

Um dos instantes mais evidentes em Frankfurt aconteceu num átrio centenáio.
Ao observar uma imagem que mostra a catedral da cidade, em Março de 1944.
Uma fotografia emoldurada num lugar de destaque no maior templo local.
Pareceu-me mesmo que era a única.


Naquela data, foram destruídos mais um milhar de edifícios da cidade antiga.
Os bombardeamentos aliados anunciavam o fim da guerra.
A catedral aparece na fotografia praticamente isolada.
Em redor, apenas escombros dos edifícios vizinhos.
Reparem na data da fotografia, Março de 1944.


A origem da edificação é merovíngia e data do século VII.
De quando os francos dominavam a Europa
Quando abrangiam pouco menos espaço 
do que a Alemanha nazi ocupou treze séculos depois.
A catedral gótica é do século XIV/XV.
A torre, com quase cem metros de altura,
foi para nós também um ponto de orientação.


Antes, havíamos desembocado na estação ferroviário central.
Ali, estávamos praticamente na zona privilegiada da Zeil.
Trata-se de uma área central de lazer e de compras,
com acessos exclusivamente para pedestres e bicicletas.
É praticamente uma longa avenida arborizada
e com muitos espaços para descontrair, 
marginada por prédios, alguns arquitectonicamente arrojados.
Em vez de engarrafamentos de quatro rodas, há muitas, 
mesmo muitas bicicletas a circular.


Dali, vê-se ao longe a área de arranha-céus da cidade, 
onde está situada a zona financeira e empresarial da cidade.
A estética associada a esta zona é de uma Manhattan alemã, 
radicalmente diferente do ambiente arquitectónico do centro histórico.
Aqui, entre prédios clássicos consegue-se facilmente descobrir 
uma fachada mais antiga pintada como se de um quadro se tratasse.

 

O rio Meno (Main) era outra das referências que ajudam a situar-nos.
Tal como a Alte Brucke, a Ponte Alta, que o atravessa
e assiste à passagem de barcos de passageiros.
Nas margens, o verde domina nas árvores e na relva,
e os cais estendem-se para acolher barcos turísticos.


A poucos minutos da catedral e do rio, fica a praça Römerberg.
Estamos no centro histórico de Frankfurt,
rodeados pelo charme de pequenos edifícios com traça histórica.
Os edifícios da Câmara destacam-se pela arquitectura, 
pela dimensão e sobretudo pela cor salmonada.



Do outro lado da Câmara, encontra-se um conjunto de construções em madeira,
 originalmente dos séculos XV e XVI, conhecidos como Ostseile.
Foram reconstruídos após a Segunda Grande Guerra.
Completam a traça do espaço
dando-lhe uma estética da Alta Idade Média alemã.
 

Durante a guerra, os edifícios da praça
– aliás como a maior parte da cidade -
foram destruídos pelos bombardeamentos aliados.
No centro da praça, que no Inverno recebe um famoso Mercado de Natal,
está uma estátua que simboliza a Justiça, datada de meados do século XVI.



Não muito longe, ergue-se a torre Eschenheimer Turm, 
uma ponte medieval do século XV.
É testemunha de um conjunto de cerca de sessenta torres
 que rodeavam a cidade.
Trata-se do edifício histórico inalterado mais antigo do centro da cidade.


Tal como a maior parte da Europa central, o terreno é plano.
O piso é excelente e os passeios largos convidam a andar.
Nas ruas estreitas o trânsito é diminuto ou inexistente.
Há poucos lugares de estacionamento disponíveis.
Com o comboio a chegar ao centro é desnecessário o uso de automóveis.
 

Regressámos ao aeroporto, não sem experimentar um equívoco
na linha que nos devia levar ao aeroporto.
Notámos o engano três ou quatro estações, 
depois daquela em que devíamos ter saído para mudar de comboio.
Foi em Frankfurt-Nied que mudámos para o outro cais.



Ali, porém, apesar de se notar a modernidade na sinalética,
em redor o tempo parecia não ter mudado desde meados do século passado.
As casas, as sebes, os postes em madeira, até o próprio cais,
pareciam do tempo em que o tempo não devia ter existido



Cascata de Anços




É espaço de (quase) romaria,
de passeio tranquilo, ecológico e inspirador. 
O fim-de-semana é o mais concorrido. 
Neste, eram muitos os que caminhavam de e para 
a cascata de Anços ou do Rio Mourão, próximo de Montelavar.



O acesso é difícil, mas também no é dramático. 
Aliás, um dos acessos, através da rua principal de Anços, 
exige apenas cumprir a indicação de uma placa do sítio. 
Depois, é seguir o ruído da queda de água ou o burburinho das pessoas.


Outro acesso, é mais complicado, mas também lá vai,
aproveitando uma rua que leva a meia dúzia de moradias, próximas do rio. 
Por aqui, passa-se por algumas ruínas de casas em pedra 
e é preciso atravessar o rio por cima de calhaus largos incrustados no leito.



Com tempo húmido, quer a passagem do rio,
quer a descida para as cascatas, deve ser feita com cuidado. 
O terreno é irregular, estreito e escorregadio e,
embora tenha corrimãos de corda em certos sítios, 
algumas pedras soltas tornam o chão muito deslizante.


Todavia, o envolvimento arbóreo,
o som da água a correr, primeiro,
e depois o da água a cair num pequeno lago,
são suficientes para desafiar à descida e, depois, à subida.

Quer para baixo, quer para cima,
quer ao longo do rio, a paisagem é muito atractiva.
A área passeável não é muita extensa,
devido sobretudo à quantidade de silvas que bordejam a água.


O caminho estreito e íngreme,
obriga a andar devagar e com cuidado, 
mas o envolvimento é demasiado inspirador
para não deixar de ir parando à vista de um troço do rio
ou de uma fresta de onde se vislumbram os montes em redor.


Praticamente junto ao rio, as pedras dominam as margens. 
É necessário fazer algum trial entre calhaus, 
deixar passar uns e outros e, depois, avançarmos para outra pequena clareira.
Logo após, é repetir o modelo.


Quando se começa a vislumbrar a queda de água, 
surge também o lago onde o rio se despenha.
Ali, as rochas são íngremes, praticamente com declives na vertical, 
grandes monólitos, porém rachados em grandes blocos.


Depois, é sentar num dos grandes calhaus da margem
e olhar para a serenidade da queda de água,
apesar do impacto e do som da água a bater na superfície do lago.
Assim o deixe o tráfego pedestre de amantes da natureza.


Logo a seguir, a água esgueira-se
entre algumas pedras salientes no leito
e continua a afunilar rumo a outra cascata, 
esta de menores dimensões.
Percebe-se que há um declive, ouve-se a água cair.
Nesta altura, porém, a vegetação barra-nos o acesso.


Em redor, os penedos estão cobertos por vegetação rasteira
mas também por árvores de grande porte. 
Mais longe, a vista vai às colinas que se elevam a leste
e depois se agigantam a caminho de Negrais.

Música: Marcus, Epic trailer music


Cavalos na Golegã



Muitos se devem lembrar da Quinta da Cardiga, 
sobretudo por causa do vinho que lhe popularizou o nome. 
O nome, porém, já exista nos primórdios da nacionalidade. 
De quando o rei fundador a entregou aos Templários
e depois a foi passando de Ordem para Ordem.


Há quase meio século que a Golegã é vila. 
Há quase um século existia ali a estalagem de uma galega. 
O lugar é antigo e a galega deu-lhe nome. 
Daí a Golegã, foi deixar que a língua o moldasse. 
De lugar de passagem a sítio de assentimento, bastou ir ficando.
Hoje, também se fica porque a comida atrai.


Mas não é só a gastronomia que delicia.
Há mais património(s).
A Igreja Matriz , construída no século XVI,
é um excelente e bem conservado exemplar religioso,
de estilo manuelino, salientando-se o seu admirável portal.


O ar é puro e o solo fértil, também ajudaram à fixação do povo. 
Assim como de grandes agricultores, alguns dedicados à criação de cavalos. 
Nesta área, juntaram-se os melhores. 
As feiras impulsionaram as trocas de gado, 
os concursos hípicos e as competições de raças.


A feira mais recente teve o seu início em meados do século XVIII,
e designava-se Feira de São Martinho,
até ao princípio da década de 70 do século XX. 
A Feira Nacional do Cavalo nasce em 72, 
nome que perdurou até aos nossos dias.


O interesse comercial cresceu de tal forma que, hoje, 
é considerada a mais importante feira nacional 
e uma das mais prestigiadas a nível mundial. 
Embora não tenha testemunhado esse ambiente mais comercial, 
mais competitivo e de maior actividade organizada à volta dos cavalos, 
percebe-se facilmente a atractividade do ambiente puramente lúdico.


O ambiente nocturno , na noite de sexta-feira
– aparentemente, o fim de semana é mais agitado, 
com mais gente por todo o lado, e mais actvidades sobretudo durante o dia –
é alegre, festivo e com glamour quanto baste.


Apesar de as bancas comerciais ocuparem a maioria dos passeios circunvizinhos, 
é na Praça Marquês de Pombal que tudo se passa na noite de sexta-feira. 
É para lá que convergem pessoas, charretes e cavalos. 
É no meio da praça que cavalos e cavaleiros passeiam.
É em redor da praça que o público assiste à evolução de cavalos e cavaleiros.
É na praça que todos se juntam, os que passeiam a cavalo 
e os que passeiam a pé.
Os primeiros dispõem inclusivamente de bares situados à sua altura,
onde podem parar para uma bebida.
Ou mesmo desmontar e tomar uma refeição nas boxes das tertúlias.


O look cavaleiro/a domina especialmente quem surge a cavalo. 
Mesmo as amazonas vestem de acordo com a tradição equestre, 
ou clássico, e vêem-se muitas mulheres assim vestidas ou,
mais prático, sobretudo as mais novas(os).


Nota-se que o cavalo tem uma importância fundamental
na componente comercial da feira.
Muitas das lojas só vendem produtos para equídeos,
as boxes são-lhes exclusivas, a roupa está dedicada aos utilizadores dos cavalos
e os adereços vão das esporas às selas.


Mesmo assim, e apesar de se tratar de uma feira
onde os  artigos para cavalos e cavaleiros dominam
- as peles são outro produto abundante - 
ainda se conseguem encontrar algumas preciosidades com motor,
como fosse o caso de uma Sachs V4
à venda numa banca de antiguidades.


O cavalo, o cavaleiro, as charretes e os artigos equestres dominam a noite. 
Da tipicidade do evento destaca-se o chapéu de abas e as botas de montar, 
talvez os assessórios comuns aos que passeiam a cavalo e a pé.
E não falta um picadeiro coberto,
 para deixar que cavalos e cavaleiros se reencontrem a arte de cavalgar. 
Para quem vê, é também um momento de relaxe, 
observando os movimentos ritmados e tranquilos de uns e outros.


Uma das diferenças mais significativas, face ao ano anterior,
 passou pelo maior número de visitantes, 
bem como para o grande número de espanhóis presentes, 
quer a cavalo, quer a pé.


Do programa, consta um vasto conjunto de actividades,
que vão dos concursos de saltos de obstáculos, 
atrelagem, equitação de trabalho, dressage, horseball e provas de perícia, 
às exposições de pintura e espectáculos equestres, entre muitas outras.
Para quem não é proprietário de um cavalo,
ou não está nesse ramo comercial,
para ir, basta ser aficcionado do ambiente.



Belmonte



Belmonte pode não ser um “belo monte” ou um “monte de guerra”. 
Mas está certamente situada num monte
de onde se desfruta uma paisagem ampla e aprazível. 
Não é preciso sequer subir a encosta do castelo para ver tudo em redor.
Ao trepar para a vila, a planície que a rodeia percebe-se cada vez mais longe.


A vista vai da encosta oriental da serra da Estrela,
à vastidão do planalto oriental que leva à serra da Malcata.
Bela vista, sem dúvida! Melhor ainda, desde o castelo,.
Daí, é possível percorrer praticamente todo o adarve
e conferir daí que a paisagem é vasta e diversificada.

Já desde a pré-história que Belmonte foi escolhida como habitat humano.
As antas e castros da região confirmam essa presença ancestral. 
Os romanos também lhe atribuíram interesse ao elegê-la,
como local estratégico – torre de Centum Cellas -
e de passagem – via romana da Guarda a Mérida.


As duas referências mais significativas de Belmonte
 são, contudo, os Cabrais e os judeus. 
Pedro Álvares Cabral, pela descoberta do Brasil, sobretudo, mas não só ele.
Já na Idade Média,
a governança do castelo tinha sido atribuída a um alcaide da família Cabral. 
Pouco depois, seria alcaide-mor o próprio pai do descobridor do Brasil.


O navegador tem uma estátua num pequeno jardim da rus principal. 
Foi Inaugurada pelo presidente do Brasil, Juscelino Kubitschek, em 1963.
A estátua do navegador português, esculpida em pedra,
está hoje ligeiramente esverdeada.

Os judeus são outra referência da vila,
pela presença da comunidade que favoreceu o comércio da região,
uma presença muito forte marcada pelas tradições e cultura judaica
 desde o século XVI. 
A primeira sinagoga datará de finais do século XIII.


O foral da vila data do último ano do século XII
– estando uma réplica no castelo - 
altura em que judeus e cristãos partilham a urbe. 
Nesta época, já dispunha de um sistema defensivo muralhado. 
É em meados do século seguinte que são construídos
o castelo e a respectiva torre. 
Só quase duzentos anos depois o castelo é entregue à família Cabral.

A famosa janela manuelina construída no pano poente da muralha do castelo
 surge nesta altura, sensivelmente a meio do século XV. 
Fará parte da residência de Fernão Cabral
 numa época em que o castelo havia perdido interesse defensivo.


Contudo, o seu abandono pelos Cabrais foi definitivo
após um incêndio que destruiu a ala poente. 
Apesar de ainda ter sido recuperado para fins militares, 
nos finais do século XVIII, o castelo voltou a deixar de ter interesse estratégico. 
Só mais de um século depois foi reconhecido a importância histórica e patrimonial.

A caminho do centro histórico e da zona do castelo, surge a Igreja Matriz
 onde está guardada uma imagem de Nossa Senhora da Esperança
 que data de quatrocentos e, de acordo com a tradição, 
terá viajado com Pedro Álvares Cabral, na altura da descoberta do Brasil.



Antes de chegar ao castelo, a zona histórica de Belmonte
leva-nos através de ruas estreitas ladeadas por habitações em pedra ou alvenaria,
 num misto de passado e presente que, quase sempre, 
é um dos motivos que nos levam algures.

Entre os meandros das ruas descobre-se um ou outro largo. 
O do Pelourinho, um dos mais interessantes e cosmopolitas, 
abriga o antigo Paço do Concelho, um edifício com cinco séculos. 
Do outro lado, um complexo judaico dá acesso ao Museu Judaico, 
situado um pouco mais acima.


Em outro canto do largo, fica o Fio de Azeite,
um pequen(íssimo) restaurante, que dispõe de um terraço exterior. 
Vale a pena (também) pelos petiscos.
Dessa esplanada, domina-se todo o largo
onde a maior parte das casas são ainda em granito.


Hoje, o vento bufa forte sobretudo de poente. 
O terreiro em frente do castelo parece soprado por um Éolo furioso. 
Toda a gente cobre os olhos e deixa rapidamente o estacionamento. 
A vista enevoa-se de pó que parece forte nevoeiro matinal.

Mais acima fica o castelo. 
Dir-se-ia que está rodeado pelo sagrado. 
Próximo, ficam as capelas de Santo António e do Calvário e, 
um pouco mais longe, a Sinagoga de Belmonte. 
Próximo das capelas fica a Igreja de Santiago e o Panteão dos Cabrais.


As capelas são pequenas. 
Estão situadas numa pequena elevação, 
mesmo em frente da entrada principal do castelo. 
A de Santo António, brasonada, data do século XV. 
A do Calvário, apesar de ser do século XIX, 
parece antiga devido ao estilo revivalista gótico.

Estima-se que a Igreja de Santiago seja de meados do século XIII. 
A arquitectura foi reunindo um conjunto de estilos 
que vão desde o românico ao maneirista, 
passando pelo gótico e pelo manuelino.


Contígua, a capela dos Cabrais
data de meados da primeira metade do século XV. 
Encerra, para além das cinzas de Pedro Alvares Cabral
 e de outros membros da sua família, dois objectos artísticos importantes, 
uma escultura gótica de Nossa Senhora da Piedade 
e ainda um fresco que representa 
São Tiago, Nossa Senhora da Esperança e São Pedro.


O castelo fica a alguns passos sobre um morro pétreo, 
sendo o lugar mais alto da vila. 
Em redor, a vista volta a surpreender pela distância e abrangência. 
Do adarve, percebe-se bem uma nuvem de fumo,
 que se elevava a alguns quilómetros de distância, oriunda de um incêndio.


No pátio, que surge logo após a entrada, 
não se percebe ainda a dimensão do castelo. 
Essa grandeza só se descobre quando passamos um arco de pedra
que dá acesso ao pátio de armas, um terreiro imenso nas muralhas interiores.
Percebe-se também o traçado ovalado das muralhas.


No terreiro, praticamente nu, foi construído um anfiteatro numa das extremidades,
 mas também foi deixado sensivelmente a meio um poço de grandes dimensões. 
A torre de menagem, adossada a sudoeste, foi transformada em museu.
A recepção ocupa o piso térreo da área a apalaçada.


O acesso à torre está facilitado através da montagem de um passadiço em ferro.
 Nesta altura, o piso térreo mostrava uma maqueta de Ceuta quinhentista e, 
nos pisos superiores, mostravam-se alguns testemunhos de época
– moedas de ouro, a tal réplica do foral manuelino, uma armadura -, 
entre outros objectos históricos.


Nas paredes da torre ainda se descobrem os sinais dos construtores, 
símbolos das congregações de pedreiros medievais. 
Trabalhos de prospecção arqueológica, de há duas décadas,
efectuados no interior do castelo, já comprovaram a presença romana.



No segundo piso da torre descobrimos moedas de ouro medievais 
e a tal réplica do foral atribuído por rei primeiro rei Manuel. 
Mais acima, é a paisagem sobre a vila que se desvenda entre as ameias. 
Em redor, a paisagem beirã.