Renasceu como habitualmente no início de Setembro, ainda o Verão reinava no ar e a noite estava esplêndida para as luzes, para os fogos, para as cores, para as imagens, para a caminhada, para a animação.
O itinerário não mudou. Estação, ruas pedonais
a caminho da baía, subida para a cidadadela e respectivo interior, desta feita
também nas muralhas exteriores, parque Carmona, Casa das Histórias, Museu do
Mar e jardim fronteiro, ruas estreitas do Cascais antigo.
A luz domina os objectos, o vídeo, as projecções,
as modelações luminosas, as instalações. Cascais volta a converter-se numa
galeria de arte nocturna a céu aberto. E as pessoas voltam à rua para se
espantarem e apaixonarem pela celebração.
Desta vez, apareceu um toque oriental com
lanternas e dragões chineses, e surgiu também o fogo ao longo das muralhas da
cidadela. Aliado à temperatura da noite, dir-se-ia que estávamos em plena
praia.
A interacção com as pessoas dilatou-se, quer
através dos ambientes de silhuetas, quer com as múltiplas luzes dedicadas que
emprestavam cores pouco habituais às silhuetas e aos rostos. Talvez por isso, mais famílias
tenham aderido.
Voltaram as projecções nas fachadas, as linhas,
as bolas, os jardins e as nuvens de luz. A passo lento, o percurso fazia-se em
mais de duas horas (havia fila para entrar no parque Carmona, também na
cidadela).
Uma temperatura invejável, clarões de luz e de
fogo alguns animados que cativam o olhar, a noite como cenário contrastante, um
percurso fácil, algumas obras excelentes e, além de tudo isto, um ambiente de
festa como é raro partilhar nestes últimos anos.
Música: Als, Psico