A proposta era adocicada. Uma torta aqui, um nata ali, um gin acolá. Massamá, Azeitão, Pinhal Novo e Alcochete. E ainda com Palmela pelo meio. Pouco mais de 120 kms. O tempo prometia.
Eu (também) fui pelo gin. E, caso fosse servido por aquele barman de Ceuta, o sucesso estaria garantido. Foi por isso que me levantei antes das 8 para estar às 9 na AS do Seixal da A2. Nessa altura, ainda estava fresquito à sombra. Quase tão fresco como na ponte sobre o Tejo.
Uma, duas, três... seis, motos...? Mais? Ena tantas! Desde Marrocos que não andava com tanta companhia. Depois, mais uma, outra - olha o Armando e a Teresa! Mais duas - uma delas é a do Luís Cravo -, e mais outras tantas. No zénite, eram mais de uma dúzia.
Das pessoas não decorei nomes, eram muitos. Também só conhecia a rapaziada do CPEP. Mas as motos eram praticamente todas Paneuropeans. Ainda dizem que a Pan vende pouco... A maioria dos presentes era repetente, mas havia uma ou outra estreia.
Manhã a aquecer, tudo organizadinho. Primeira paragem no MotoTortas, em Brejos de Azeitão. Doce, muito doce. Bastava metade. Mas o café, esse, devia ter sido o dobro. O João juntava-se à comitiva. Veio pelo café.
Apesar de ser domingo e a rapaziada andar às compras não havia muito trânsito. O que há é mais rotundas na recta que leva a Azeitão. Já a recta que vai da saída de Azeitão até Palmela está na mesma. Vamos devagar a uma velocidade que dá para ver tudo. E que também não deixa fechar os olhos.
Eu já não subia de moto ao castelo desde
2001. Foi por altura do Passeio Internacional do CPEP. Exactamente quando me
juntei ao grupo. 13 anos sem trepar os paralelos nem dobrar os ganchos que vão
para a pousada. Esta parece ter quase tantos anos como o castelo.
A paisagem é soberba. De um lado, vê-se Lisboa com facilidade. Do outro, o olhar vai quase até à Comporta. As muralhas mais antigas estão como as deixaram no século XIII. Estão sem beliscaduras de monta e agora com uma patine aristocrática. A igreja, coitada, continua sem protecção. Qualquer dia, deixa de ser ruína.
Do
castelo de Palmela à Mafraria em Pinhal Novo é um quarto de hora. Depois das
tortas, os natas. Nota-se a intenção, o
esforço e a propaganda. E o doce. São bons, cheios, sendo especialmente
saboroso o creme. Mas é difícil bater outros, entre eles o de Queluz.
Mais
uma vintena de quilómetros até Alcochete e o tempo a aquecer. Já apetecia dar
um mergulho no Tejo. Mas os pulmões ainda não filtram tão bem como as guelras.
A praia do Rosário tenta, mas não consegue convencer ninguém a passar para a
areia. Arrumamos compostinhos e o espaço ficou nomeado como Rotunda das Pans.
Mais
à frente. Fomos à procura do gin. Estava fechado, ficou para a próxima. Eles
foram à enguias. Nós regressámos pela "Vasco da Gama".
Ali, a minha
"via verde" fez acender as luzes da portagem. Deve ser da menoridade
de dois meses. Lisboa estava mais quente como é costume. Queluz mais fresquita
como é habitual. Uma voltinha muito janota.
Fica
o agradecimento ao Luís Cravo que juntou e liderou a comitiva.
Com música de Craig Chaquico, o vídeo está em
https://vimeo.com/104451374