quinta-feira, 29 de maio de 2014

O Samurai Hoje

A cultura asiática como um todo continua ainda a surpreender os europeus. Os comportamentos, as atitudes, a estética, a mentalidade ou a filosofia são alguns dos aspectos em que a diferença cultural mais se nota.


A cultura nipónica per si é uma das mais fascinantes. Durante muitos anos fechada ao mundo, foi com os portugueses de 500 que os japoneses começaram a partilhar alguns aspectos da sua cultura e a incorporar na sua alguns aspectos da cultura nanban-jin (bárbaros do sul).
O Museu do Oriente encerra alguns testemunhos dessa época de descoberta e partilha, como sejam os famosos biombos nanbam, as caixas de medicamentos, os capacetes, as roupas ou as armaduras dos samurais. Mas é sobretudo na segunda metade do século XX que alguns elementos culturais se salientam e começam a ser divulgados um pouco por todo o mundo.


A figura do samurai constitui-se como parte da cultura japonesa, já que congrega um conjunto de elementos culturais, sobretudo os valores éticos e morais, e de comportamento, que o irão singularizar face a outros grupos ou outras figuras da cultura nipónica. Indissociável desta figura - esteta e espiritual, poética e estoica, mas também impiedoso e austero – o uso da espada surge incorporado na identidade e no modo de vida do samurai.
É com base na espada que o samurai vai construir um conjunto de técnicas e práticas que lhe permitirá defender-se (e também atacar). É da revisão e readaptação desse conjunto de técnicas, que nasce o Aikido. Foi esse elencar de técnicas que a escola Tenchi Internacional e a Associação Portuguesa de Kendo levaram ao Museu do Oriente, sob a orientação de Amândio Figueiredo.



Enquadrada na celebração do Dia Internacional dos Museus, a iniciativa "O Samurai de Hoje” privilegiou na demonstração o manejo do sabre (aiki ken), as técnicas de mãos livres (tai jutsu), o manejo do pau (aiki jo), manejo das espadas (kendo) e arte do desembainhar da espada (iaido).


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