quinta-feira, 9 de outubro de 2025

Encuentro de Grandes Viajeros

As vagas esgotaram para o 19º EGV, Encuentro de Grandes Viajeros, que teve lugar em Jerez de los Caballeros há poucos meses. O tema é viajar de moto, cujos relatos são feitos por quem as realizou.

Complementarmente, o local do evento também atrai habitualmente pelo seu património. Jerez de los Caballeros, uma localidade semelhante às congeneres alentejanas, tem muito que oferecer naquele capítulo. 

Com efeito, o enorme castelo templário domina o burgo, conquitado por Alfonso IX com a ajuda dos Cavaleiros do Templo. Esteve em mãos templárias cerca de 60 anos até à dissolução da Ordem. 

Uma das figuras mais notáveis da localidade é Vasco Núñez de Balboa, um explorador e fidalgo espanhol, de origem galega, celebrizado por ter sido o primeiro Europeu não português a avistar o Oceano Pacífico.

A casa-museu, que visitamos organiza-se em redor da vida do navegador e da história local, e entrega  oferece uma visão sobre a época e a importância da figura do navegador que chegou a ser governador de Antígua.

Até conseguimos encontrar um livro com a estampa da figura de Vasco da Gama e um texto alusivo. O próprio Vasco Balboa tem uma estória curiosa, plena de romantismo e dramatismo, de vitórias e derrotas.

Outro edifício notável, por entre as diversas igrejas paroquiais, a de San Bartolomé destaca-se pela sua decoração e cor. Sendo de traça barroca, salienta-se a decoração em gesso, tijolo e cerâmica colorida, semelhante à decoração mudejar.

Interessante, a Posada de las Cigueñas, uma espécie de turismo de habitação situado no centro da localidade. Além de um quarto e d euma casa de banho de banho enormes, possuia uma varanda panorâmica excelente, 

Mas eram mesmo  as estórias e as imagens de viagens d emoto que nos motivaram a ida. Depois de, há 2 anos, termos estado em Bragança, desta vez foi na Extremadura espanhola que assistimos aos relatos na primeira pessoa de 3 conferencistas.

Reunimo-nos no antigo Convento de San Agustin, onde os anfitriões, Jaime Núñez e Conchi Cosme, deram início às apresentações de viagens. O tema deste ano andava sobretudo pelas Américas.

O primeiro orador foi Juan Pablo Silva, um chileno antigo piloto de competições automobilísticas um viajante com mais de 2 milhões de quilómetros de moto, em zonas remotas do Chile, Argentina e Bolívia. 


É ele que orienta, desde 2023, com a Mototravel e a EGV, os Encontros no Chile e que organiza viagens de grupo na América do Sul. O seu audiovisual intitulava-se, também por isso, “Patagonia Fin del Mundo. Un sueño hecho realidad”.


A seguir, foi Pedro Palomo e Iryna que, apesar de já terem percorrido os Alpes, Caucaso ou Cabo Norte, optaram por destinos mais longíquos e aventurosos, como a ligação Málaga - Magadan, passando pela Rússia e pela Mongólia.

Porém, a aposta, desta vez, foi mais norte-sul. Daí que nos tenham levado do Alaska a Ushuaia e volta, em duas ocasiões e com itinerários diferentes. Quase parece que tornam uma viagem de aventura numa rotineira.

Fizemos um intervalo durante a manhã nos claustros, hoje pertencente à entidade de turismo de Jerez de los Caballeros. E lá estava o presunto e o vino de verano suave, acompanhados de outros enchidos da região.

Par a tarde, ficamos com Joan Collell y Teia Sabaté, dois veterinários reformados que utilizam duas motos, que deixam em determinados destinos para depois os percorrerem por etapas. Nesta ocasião, tinham uma moto na Zâmbia e outra na Malásia. 

E a sua apresentação foi sobre diversos périplos, que em 14 etapas já percorreram mais de meia centena de países, por África e pela Ásia, utilizando ora uma outra moto, uma Honda Africa Twin e uma Yamaha XT.

Houve ainda uma apresentação sobre pneus para moto, protagonizada pela Continental, um audiovisual bem organizado e conciso, muito útil para quem precisa escolhar pneus.

Um sorteio, um concurso de fotografias de viagem, distribuição de troféus - o mais idoso, o mais novo, o que veio de mais longe, etc - e o anúncio do local e da data do próximo EGV, que será em 2026, próximo de Salamanca, encerraram o evento.

segunda-feira, 6 de outubro de 2025

Austrália: fauna e flora 1


Austrália: Sahul, Meganésia, Australásia. O maior país da Oceania: em comprimento, vai de Lisboa a Minsk. É extenso mas pouco povoado. Tem menos população do que Espanha.

Os europeus chegaram no início do século 17. Holandeses, espanhóis e ingleses, dizem, foram dos primeiros a chegar à ilha. Os Holandeses chamaram-lhe mesmo “Nova Holanda”. Também se diz que os portugueses andaram por lá.

A independência ocorreu em 1901. É um país jovem, com jovens, para jovens. Tem planícies, desertos, montanhas, praias, rios, lagos e um solo rico em recursos naturais, onde o ouro se destaca.

Quer a flora, quer  a fauna, são muito diversificadas, existindo muitas  espécies de vegetais e animais consideradas endêmicas. O “bush”, vegetação típica, é semelhante à mediterrânica.

Os habitantes preservam e respeitam significativamente a vida vegetal e animal. Diferentes aves vêem-se nos muitos parques urbanos. No campo, além destas, os cangurus aparecem frequentemente.


Tal como o canguru, os coalas, equidnas, wombats e quokkas são animais icónicos e endémicos australianos. Nas aves, destacam-se as catatuas e periquitos. Muitas, andam soltas nos muitos parques urbanos

 

Uma das aves mais castiças, também endémica, é a  cucaburra cujo canto parece soar como uma gragalhada humana. Outras aves típicas, estranhas e notáveis são o emú e o casuar, que apenas vimos nos parques zoológicos.

 

A diversidade e a natividade da flora é impressionante. Há mais de oito centenas de espécies de eucaliptos. No campo, o odor é revelador da quantidade. Também há muitas acácias, sendo a dourada a flor nacional.

Um pouco por todo o lado, as “árvore de papel" ou Melaleuca (paperbark tree, como são conhecidas por lá), possuem um tronco se desfaz em camadas que lembram papel. Há muitas, quer nas quintas, quer nos pântanos.

sexta-feira, 3 de outubro de 2025

Clássicos na Cordoaria



Foi na Cordoaria Nacional, ali a Belém. Já lá vai mais de meio ano. Juntou clássicos, modernos, automóveis, motos, colecções, automobilia, estilo de vida, entre outras atracções. Para quem gosta deste tipo de memórias, mas não só.

Não são velhos/as (pelo menos, alguns/mas), são antigos/as. Não estão em mau estado (a maioria), alguns parecem novos. Há de tudo: estrada, todo-o-terreno, luxo e dia-a-dia, exclusivos e populares.

E há muitas celebrações. A dos 80 anos do final da Segunda Guerra Mundial, com um conjunto de veículos representativos daquele conflito, e as dos 70 anos do Fiat 600, da Alpine e do Citroen DS, todos lançados em 1955.

Mas há mais. Um cinquentenário do Portaro, o primeiro todo-o-terreno nacional e, na área do desproto, a comemoração dos 40 anos da primeira vitória de Ayrton Senna na Fórmula 1, precisamente no Circuito do Estoril.


Nas motos, está lá uma NR 750, de 93, quase preço de saldo, 199 mil euros. Uma BSA e uma DKV, militares, dos anos 40 e, ainda, a NS400R de Freddie Spencer, o Fast Freddie que víamos no GP de Jarama.

A surpreender, as de mais baixa cilindrada, uma Maserati, da fábrica de Modena, uma Ferrari dos Fratelli Ferrari e, ainda duas carismáticas Honda CD50. Se das primeiras nunca tinha visto sequer nenhuma, as última eram um “must” nos anos 70.


Ainda lá estava uma clássica MVAgusta, uma GS Paris Dakar, de 1983, uma BMW K1, de do mesmo ano, uma costumizada Harley Davidson com acessórios Jack Daniels e, ainda uma BSA (cc?) em estilo Dirt Track americano.


 Poucas, mas boas, as representações das motos podiam, realmente, serem em maior número. Porém, eram abrangentes e encontravam-se em bom estado. Ah! até uma pequena Monkey lá estava.


Nos automóveis, entre outros, destacavam-se um Renault 5 Turbo e um Bugatti Type 22, da década de 20. Também lá estava uma carrinha Mercedes Benz Nurburg 460, de 1931, do Regimento de Sapadores Bombeiros.

Uma carrinha Citroen HY / biblioteca itinerária, semelhante às da SAPP, um UMM de 84, um Riley com uma matrícula curiosa, além dos DS, dos Porsches, MG e, até, um Rolls ou Bemtley com com limpa-vidros nos faróis.