quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Jazz na Tapada




Para mim, o jazz não é fácil de entender.
Parece que falta alguma coisa.
Ou que está entre qualquer coisa e coisa nenhuma.
De um lado soa a música, do outro canta a voz.
A voz vai, vai e, de repente, cala-se.
A música acompanha e muda ao mesmo tempo.
Eu não sei ouvir jazz.
Por isso, ouço pouco.

O jazz de Elisa Rodrigues porém, embora também não seja fácil, 
parece que fala com o piano de Júlio Resende,

Ouvi-a até ao fim no jardim da Tapada das Necessidades.
Fica ali, em Alcântara, nas traseiras do Ministério dos Negócios Estrangeiros,
vulgo palácio cor-de rosa.
O lugar é cativante paar ouvir música, apesar de demasiado soalheiro.
Audiência interessada, som aceitável, muita cor,
apesar do vinho branco e do sol esbranquiçado.
Foi no início de Setembro, ainda o Verão parecia musculado.


Ela, a música, o jardim, as pessoas.
Produção Out Jazz.
Já lá tínhamos estado, no ano passado, pela mesma época.
(Também) valeu a pena.
Gravei algumas passagens, deste ano, a segur.

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