terça-feira, 20 de junho de 2023

Coleção Berardo: itinerário pela estética dos ismos




O mundo da arte acompanha o quotidiano. Mantém o clássico, reproduz o main stream, mas também inova, transferindo para as obras o pensamento estético do artista. Uma colecção de expressões.

A profusão da diversidade da arte possibilita, também, um vasto conjunto de alterações da função, da natureza e do conceito da obra de arte. Um mundo de possibilidades.



Essencialemente visual, a arte acompanha os grupos, os movimentos e as perspectivas de vanguarda. Bebe inspiração nas ideias, na História, na natureza, etc. Uma colecção de motivos.

Junta-lhe uma estética criativa, subjectiva, singular, pessoal, capaz de desafiar quem a cria, vê, comenta, compra, expõe. Um mundo de estímulos.

A Colecção Berardo contempla sobretudo o século XX. Esse percurso vai da arte moderna ao cubismo, do dadaismo ao surrealismo, do construtivismo ao neo-plasticismo. Uma parte da colecção.

Espiamos a Colecção desde sempre. A partir de 2015, com vontade e intensão de registar em fotografia e vídeo o espólio artístico. Até 2020, altura em que a retrospectiva se centrou em duas metades do século XX, lá estivemos a catalogar. Um mundo de memórias.

Enfim, um mundo de ismos, que não ficam por aqui, passam pela pop art, pelo novo realismo, espacialismo, o expressionismo abstracto. Uma colecção de ismos.

A diversidade dos ismos coincide com a multiplicidade de nomes de artistas que têm obras expostas, tais como Pablo Picasso, Andy Wharol, Salvador Dali, Jacques Villeglé, Cindy Sherman. Um mundo de artistas.

Mas, também, Salvador Dali, Donald Judd, Germaine Richier, Marcel Duchamp, Piet Mondrian, Joan Miró, Bruce Nauman, Francis Bacon, só para citar alguns. Um conjunto de criativos.

São mais de mil obras. Amedeo Modigliani, René Margritte, Amadeo Souza-Cardoso, Viera da Silva, Yves Klein, Roy Lichtenstein, David Hockney, também lá estão. Um mundo de autores.

Todos estão entre os artistas que fazem parte do espólio, espólio que contempla uma extensa, plural, coerente e agradável evolução das artes plásticas do séculos XX e princípio do século XXI. Uma colecção de décadas.

Andamos ao longo da pintura, das colagens, das montagens, da figuração, da escultura, do desenho. Mas sobretudo a deliciar a imaginação e o gosto, ao passar com o olhar nas texturas, nas formas, nas composições, nas cores. Um mundo de realces.

E, ainda, nas sombras, nos traços, nos materiais, nas arquitecturas, nas estranhezas, ponderações e demais explosões imaginativas e desconcertos criativos que as obras encerram e motivam. Uma colecção de singularidades.

Diz-se que a arte é uma poderosa forma de identificação de autoria humana, algo singular através da qual a humanidade se identifica, a par de outras actividades humanas, sobretudo da ciência e da literatura. Um mundo só nosso.

Cientistas, escritores e filósofos, p.e., deixaram um extenso legado cultural. A par, os artistas e as suas obras, para além dessa herança, deixam-nos, motivam-nos, prazenteiam-nos com novidade, beleza, ineditismo, imaginação e fantasia em modo estético. Uma colecção de prazeres.



 


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