Não é fácil perceber a harmonia possível entre o fado, modas
alentejanas/algarvias, o flamenco, a tarantela italiana ou o crioulo guineense.
O mesmo que dizer da consonância entre o violino, o acordeão, a guitarra
portuguesa e um baixo. Nas mãos de artistas portugueses, de um andaluz, de uma
italiana e de um guineense.
Foi uma produção original sediada em Ponte de Sôr numa
residência artística no Centrum SSSL. Após uma semana de provas, apresentaram
naquela vila pela primeira vez o seu espectáculo dedicado às músicas do
Mediterrâneo.
Desta feita, no último sábado foi a vez de actuarem juntos
na Fábrica da Pólvora. Trouxeram a LuasIberica Orkestra, que é uma fusão de
tradições musicais que junta a delicadeza do fado português, a garra andaluza
do flamenco, ao som inconfundível do violino, as diferentes “vozes” do acordeão
e o som grave e autoritário do baixo.
Foi mais de uma hora e meia de concerto com o acordeão e voz
de Celina da Piedade, com a guitarra portuguesa de Ricardo Silva, ambos
portugueses, com a voz e as palmas de Juan Pinilla (Andaluzia, Espanha), com o
violino e tamburelli de Elena Floris de Itália e com o baixo e voz de Manecas
Costa, da Guiné-Bissau.
Um concerto resumido aos pouco menos de 5 minutos do vídeo.
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