A fachada do Palácio da Vila reluz.
Foi pintada há pouco tempo com um branco irradiante.
Brilha e atrai muita gente.
Alguns fazem fila, à sombra, para entrar.
Ao sol, está-se tão bem como na praia.
À sombra, tão fresco como sob a ramagem das árvores.
Hoje, é sexta. Nunca estive aqui à sexta.
Há muitos idosos, mais idosos do que ao fim de semana.
A maioria é turista. Sintra está cheia de turistas.
Estamos no início de Outubro, já devia haver menos gente, menos turistas.
Também há mais carrinhas negras, institucionais, com motoristas.
O vai-vem é frenético. Mas uma espécie de frenesim tranquilo muito sintrense.
Há gente para tudo: para andar, para entrar, para conversar, para estar.
É no centro da vila que a maioria deambula.
Quanto mais longe do centro, menos pessoas há.
As que há espreitam, insistem ou fotografam. Outras seguem e desaparecem.
Todos os restaurantes estão abertos. E servem. Já passa das três da tarde.
Um numa varanda, outro numa entrada de garagem, outro num jardim.
Muitos renasceram. Outros são novos.
Há mais lojas de lembranças e produtos típicos.
Estas crescem agora nos meandros da parte velha que trepa desde o largo da vila.
A acompanhar a Volta do Duche continuam as esculturas em pedra dos escultores da região.
E as bancas de levante com artesanato.
Mas são as ladeiras e as vielas da parte velha que dão gozo.
O acesso à Periquita está lotado.
Lá dentro, porém, não é preciso esperar pelos "travesseiros".
Espreitei de um miradouro estreito num beco.
Até vi uma BMW 1600 com matrícula sueca.
Tinha os capacetes soltos em cima do banco...
A maioria das esplanadas estão cheias. No centro, nem todas.
Também descobri uma imperial de 40 cl a 5,10€ no Hokey de Sintra.
Novidades e preços para turista. Parece que estou de férias!
Música: Arti e Mistieri, Valzer per domani
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