Maio 2009
Apesar da aridez, do isolamento, da lhanura e do bucolismo, escolta-nos o dourado do solo, espreita-nos o aprumo das árvores, arrebata-nos o horizonte da campina. Um gozo.
Talvez o possam imaginar através das imagens do filme.
Tem o Tejo no nome, mas diz-se Além do rio, porventura da água e da frescura. No Alentejo, o calor já não é tradição, é parente, o sol vizinho, a secura aliada. A água, essa, que sempre foi madrasta, parece agora arrependida de tanta ausência. Hoje há mais água, que se vê, que se sente, que se imagina.
Foi água, que vimos ainda bastante nos muitos açudes que polvilham a campina alentejana. Foi ainda um mar de água que contemplámos na barragem do Alqueva.
Foi também água que mais nos saiu do corpo, como juntaria o Fernando Pinto. Nas motos, os termómetros marcavam quarenta e quatro graus, como assegurava o Toninho.
Foi um extenso lençol de água que imaginámos naqueles painéis solares azulados na Amareleja.
Foi água, que vimos ainda bastante nos muitos açudes que polvilham a campina alentejana. Foi ainda um mar de água que contemplámos na barragem do Alqueva.
Foi também água que mais nos saiu do corpo, como juntaria o Fernando Pinto. Nas motos, os termómetros marcavam quarenta e quatro graus, como assegurava o Toninho.
Foi um extenso lençol de água que imaginámos naqueles painéis solares azulados na Amareleja.
Foi uma água excelentemente fresca que experimentámos na piscina do Beja Parque Hotel. Foi um espelho de água que nos acompanhou a caminhada até ao jantar de sábado.
Foi com “água na boca” que nos sentámos à noite, no restaurante, na expectativa do ensopado de peixe e das presas de porco preto.
Apesar da aridez, do isolamento, da lhanura e do bucolismo, escolta-nos o dourado do solo, espreita-nos o aprumo das árvores, arrebata-nos o horizonte da campina. Um gozo.
Talvez o possam imaginar através das imagens do filme.
Música: Mezzoforte