domingo, 15 de junho de 2008

Trepar Sintra, de novo


Na estrada de Sintra, cada vez mais perto de Sintra,
Na estrada de Sintra, cada vez menos perto de mim...
Ode Triunfal, Álvaro de Campos

Éramos 13 em dia 14, mas poderíamos ter sido uma trintena no passado 31, os suficientes, porém, para não esticar a fila de trepadores e manter um ritmo serenamente animado.









Defrontámos uma temperatura que raramente exigiu casaco, um ambiente de humidade suave e piso seco. Encontrámos Sintra como se o Verão tivesse perdido a vergonha de aparecer.








Trepámos por entre quintas iluminados por enormes pedaços de lua. Acenderam-se algumas lanternas, mas rapidamente verificámos que as numerosas raves de pirilampos ilumiavam as veredas de forma satisfatória.







A rampa da Pena sofria de mais trânsito do que das duas vezes anteriores que subimos a serra. Igual, estava o ambiente à porta do castelo dos Mouros e do portão do palácio de Pena, ou seja, uma tranquilidade descomunal. Quedo estava também o ambiente na “casa assombrada”, onde a sexta-feira 13 anterior não deve ter tido muitos adeptos.


Já Santa Eufémia, fervilhava de vida o que não comprometia o mar de luz que do miradouro se vislumbrava. Afinal, a rave dos vaga-lumes havia sido transferida para a planície. Tal foi a animação que a estada na Cruz Alta se prolongou até depois do café...






Descemos sem pressa. Ainda espreitámos o terreiro da feira, em S. Pedro, e voltámos a trepar para passarmos pela igreja de Santa Maria.  Terminámos na partida, praticamente com a mesma temperatura com que saímos.





Andámos cerca de oito quilómetros, em três horas, ao longo das veredas sintrenses, entre trepadeiras, odor a bosta de cavalo com suaves toques de pinho,invadindo o universo dos pirilampos foliões, trepando em amena cavaqueira. Uma caminhada em 1ª classe.






Vídeo
Músicos: Focus
Música: Sílvia